O príncipe Henrique da Dinamarca morreu há quase dois anos, devido a uma infeção pulmonar, que veio a agravar o seu já debilitado estado de saúde. Desde então, a rainha Margarida tentou que a vida da família real regressasse à normalidade, algo que não terá sido tarefa fácil, como revela agora em entrevista ao jornal sueco Expressen.
“De repente tudo ficou diferente, como se de um momento para o outro estivesse sozinha. Ele já esteve doente durante os dois últimos anos [recorde-se que o príncipe foi diagnosticado com demência] e não pudemos passar tanto tempo juntos como antes. Tive que habituar-me fazer as coisas sozinha”, revelou a monarca, garantindo ainda ter contado com o apoio de toda a sua família, especialmente do príncipe herdeiro Frederico, que não só apoiou a mãe, como assumiu outras responsabilidades de Estado, nomeadamente quando acompanhou a rainha na viagem oficial à Argentina. “Dois podem fazer mais do que um, o príncipe teve alguns encontros com uma delegação comercial nos quais eu nem sequer participei”, afirmou.
Apesar de não colocar a hipótese de abdicar do trono, aos 79 anos, a rainha confessa já não ter a facilidade que tivera outrora para cumprir tarefas que envolvam usar a capacidade física. “Já não faço tanto trabalho físico como fazia antes. Diminuí a velocidade, os passos que dou são mais difíceis. No espelho pode-se ver que os anos vão deixando a sua marca”, comentou ainda.