Esta segunda-feira, dia 27 de janeiro, Delphine Boël foi finalmente reconhecida como filha do rei Alberto II da Bélgica, depois de uma luta em tribunal que durava desde 2013. A artista plástica tem 51 anos e é fruto de uma relação extra conjugal entre o rei emérito e a baronesa Sybille de Selys Longchamps.
De acordo com declarações prestadas pelo advogado de Boël, Marc Uyttendaele ao El País, esta “sente-se aliviada porque foi o reconhecimento oficial de algo que toda a gente já sabia, mas que era negado por Alberto”. “No entanto, a crueldade do seu comunicado feriu-a, porque esperava que se abrisse uma possibilidade de diálogo”, acrescentou.
O rei emérito sublinha, através dos seus advogados, que este processo foi “longo e doloroso”, lamentando a falta de respeito pela sua vida privada. Nas suas declarações em nenhum momento se mostrou arrependido ou lamentou que a verdade não fosse reposta mais cedo. “[O rei] é apresentado como vítima, quando fica claro que a vítima foi ela”, declara ainda Uyttendaele.
Recorde-se que na sentença do tribunal datada de maio de 2019, o monarca ficou obrigado a realizar testes de ADN para se comprovar se seria ou não pai da artista. Caso se recusasse a fazê-lo teria que “pagar à Sra. Delphine Böel uma multa de 5000 euros diários”.