Durante os últimos meses de vida, Isabel II apareceu em público em contadas ocasiões, tendo, no entanto, marcado presença nos compromissos mais importantes. Dois dias antes da sua morte, a monarca recebeu a nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, em Balmoral – onde se encontrava a passar o verão -, ainda que aparentando um ar frágil.
Com a sua morte, Gyles Brandreth, que foi amigo íntimo do duque de Edimburgo, prepara-se para publicar uma biografia sobre a vida da rainha, intitulada “Isabel: Um retrato íntimo“, no qual fala sobre os últimos tempos de vida da monarca. Uma das revelações mais importantes deste livro será a de que Isabel II padecia de um cancro de medula óssea nos últimos meses, uma doença que tinha como principal sintoma dores nos ossos.
Ainda que a certidão de óbito da rainha revelasse que a monarca morreu de causas naturais, fruto da avançada idade, o autor da obra revelou ao Daily Mail que “tinha ouvido que a rainha tinha uma forma de mieloma, cancro na medula óssea, o que explicaria o seu cansaço, perda de peso, e esses ‘problemas de mobilidade’ que [nos] preocupavam frequentemente”. “O sintoma mais comum do mieloma é dor nos ossos, especialmente na pélvis e na parte de baixo das costas, e o mieloma múltiplo é uma doença que costuma afetar os mais idosos”, acrescenta ainda Brandreth.
O autor referiu ainda que a rainha, que morreu a 8 de setembro aos 96 anos, tinha consciência de que já não viveria durante muito mais tempo e que não terá tido dificuldades em aceitar essa realidade.