Nos últimos meses, a rainha Isabel II tem-se ausentado de eventos importantes devido a problemas de mobilidade e, recentemente, o seu trabalho foi oficialmente reduzido, devido à preocupação que o seu estado de saúde tem gerado.
O relatório anual da monarquia, divulgado na última semana, revela que o papel da monarca como Chefe de Estado foi ajustado para uma descrição mais genérica, e os deveres que a soberana “deve cumprir” foram também reduzidos, de acordo com informações avançadas pelo Sunday Telegraph. Esta é a primeira vez em mais de uma década que surgiram mudanças formais na descrição das funções da rainha, de 96 anos.
Ao longo do último ano, a monarca, que perdeu o marido, o príncipe Philip, em abril do ano passado, faltou a eventos de grande relevo e delegou alguns dos seus compromissos em membros da família chegada, especial do filho mais velho, Carlos, e do neto, William, que ocupam atualmente o primeiro e segundo lugar na linha da sucessão ao trono, respetivamente.
No passado mês de maio, foi o príncipe de Gales quem presidiu formalmente à abertura do Parlamento britânico, um momento solene a que a rainha, ao longo dos seus 70 anos de reinado, só tinha faltado em duas ocasiões, a última há quase 60 anos – durante as gravidezes dos seus dois filhos mais novos, os príncipes André e Eduardo.
De recordar que vários têm sido os eventos a que a monarca tem faltado nos últimos tempos. No mês passado, a rainha também perdeu o primeiro dia das corridas de Ascot, um dos seus eventos preferidos, devido aos problemas de mobilidade que tem apresentado – surgindo quase sempre em público apoiando-se numa bengala. Também não esteve presente em alguns eventos do Jubileu de Platina, como a missa de Ação de Graças, que decorreu na Catedral de St. Paul ou o “Platinum Jubilee Pageant”, entre outros.