Depois da sentença que declara Ghislaine Maxwell como culpada de vários crimes sexuais no caso Epstein, o nome do príncipe André volta a ser colocado em cima da mesa. Quando o nome do duque de York foi associado ao caso, há cerca de dois anos, o príncipe viu-se obrigado a dar um passo atrás e renunciar aos deveres reais. Desde então, poucas vezes tem sido visto em público e com a família real, tendo sido uma das exceções verificada em abril de 2021, quando assistiu ao funeral do seu pai, o duque de Edimburgo.
Após Ghislaine, antiga companheira e braço direito de Jeffrey Epstein, ter sido considerada culpada na semana passada, a imprensa internacional avança a possibilidade de o príncipe se poder ver brevemente obrigado a renunciar aos seus cargos militares.
Desde que abandonou a vida pública, o terceiro filho de Isabel II não voltou a participar em qualquer ato militar. A última decisão sobre os seus títulos recai sobre a rainha, mas é esperado que o próprio renuncie antes de a mãe ter que tomar essa decisão.
De acordo com declarações do ex-sargento Julian Perreira ao Daily Mail , existe algum desconforto entre os Grenadier Guards por o príncipe continuar a deter o título de coronel. “Ao continuar a ser coronel dos Grenadier Guards e a ter outros títulos militares, o príncipe André será uma mancha na orgulhosa história do regimento e fará com que o trabalho árduo de gerações passadas e futuras de Grenadiers seja desvalorizado. Deve demitir-se de imediato”, refere o ex-sargento, em declarações ao jornal britânico.
De recordar que o duque de York possui um total de nove títulos militares e apenas a rainha tem poder para lhos retirar. Recorde-se que o príncipe André foi associado ao magnata Jeffrey Epstein em 2019, numa altura em que este se suicidou na prisão, onde se encontrava por acusações de exploração e abuso de menores. Também o príncipe foi acusado de abuso sexual por Virginia Giuffre, acusações que remontam a uma época em que a mulher era ainda menor.