Meghan poderá ter que testemunhar em tribunal no caso de exploração e abuso de menores que tinha como figura principal o magnata Jeffrey Epstein, que morreu na prisão em Nova Iorque em 2019, e no qual o príncipe André também está acusado.
Virginia Giuffre acusa o duque de York de a ter agredido sexualmente quando ela era ainda menor de idade, acusações que o príncipe diz serem falsas. No próximo dia 4 de janeiro, o juiz Lewis Kaplan vai ouvir ambas as partes para decidir se o processo deve continuar ou ser encerrado. Neste primeiro momento, cada uma das equipas legais pode levar 12 testemunhas e é neste ponto que Meghan poderá entrar.
De acordo com o advogado de Virginia, a duquesa de Sussex pode ser a candidata ideal para testemunhar por diversos motivos. Primeiro, pelo facto de ser cidadã americana e viver nos EUA, pelo que tem que se submeter às leis do país. Depois porque, segundo o letrado, trata-se de uma pessoa que “obviamente, pelo menos por um período de tempo, foi próxima do príncipe André e, portanto, está em posição de talvez ter visto o que ele fez, e mesmo que não tenha visto, pode ter ouvido as pessoas falarem sobre isso. Por causa de sua associação anterior com ele, ela pode muito bem ter um conhecimento importante, e certamente terá algum”.
Por fim, o próprio advogado afirma que Meghan “é alguém em que se pode confiar para contar a verdade”
Para o letrado contratado por Virginia Giuffre, Meghan cumpre os requisitos necessários para ser chamada a testemunhar. No entanto, alguns meios da imprensa britânica afirmam que esta estratégia que o advogado pretende seguir pode ser mais mediática do que legal, e explicam porquê.
Atualmente, a relação dos duques de Sussex com a família real não atravessa uma boa fase, principalmente depois da entrevista explosiva que deram a Oprah no passado mês de março. Além disso, durante os quase dois anos em que Harry e Meghan, já casados, viveram no Reino Unido, coincidiram com o duque de York em poucas ocasiões publicamente e, em privado, não há conhecimento de que tivessem uma relação próxima.
Desta forma, torna-se difícil de compreender qual o contributo importante que Meghan poderia ter para a investigação pelo que, refere a imprensa internacional, esta poderá ser uma estratégia mediática, já que se Meghan for chamada a testemunhar, levaria a imprensa americana e europeia a falar sobre a questão, conferindo (ainda mais) mediatismo ao caso.