Ainda faltam algumas semanas para o final do ano, mas pode dizer-se que 2021 tem sido particularmente difícil para a rainha Isabel II, que completou este ano o 95º aniversário. Recorde, por ordem cronológica, os sete momentos mais difíceis para a monarca britânica este ano.
1 – As acusações que associam o nome príncipe André ao ‘caso Epstein’
As primeiras acusações remontam a 2019 e surgiram algum tempo depois de o magnata Jeffrey Epstein, acusado de abuso e exploração de menores, se ter suicidado na prisão, em Nova Iorque, no verão desse ano. Numa tentativa de melhorar a sua imagem, o príncipe deu uma entrevista à BBC, que não correu da melhor forma, pelo que decidiu afastar-se da vida pública e renunciar aos deveres reais.
No entanto, novos dados sobre a investigação continuam a ser tornados públicos e recentemente uma testemunha citou pela primeira vez o nome do príncipe. Trata-se de Larry Visoski, antigo piloto de Epstein, que trabalhou para o magnata durante quase trinta anos, e que confirmou que a bordo do jato privado do empresário viajaram diversas personalidades importantes, entre as quais o duque de York e dois ex-Presidentes dos Estados Unidos, Bill Clinton e Donald Trump.
2 – A morte da prima e amiga de Isabel II, Lady Mary Colman
O novo ano não começou bem para a rainha. Depois de uma época natalícia atípica em 2020, devido à pandemia – que impediu a monarca de reunir a família em Sandringham – Isabel II recebeu a triste notícia da morte da sua prima e amiga Lady Mary Colman.
Filha do capitão Michael Bowes-Lyon, Lady Mary mantinha excelentes relações com os Windsor, sendo presença habitual na residência de Balmoral, na Escócia, e também em Sandringham. Morreu no início deste ano, a 2 de janeiro, aos 88 anos, na sua casa em Norfolk, onde residia com o marido, Sir Timothy Colman.
3 – Entrevista de Harry e Meghan a Oprah
No início de março, os duques de Sussex deram uma explosiva entrevista a Oprah Winfrey, na qual falaram sobre vários problemas que viveram enquanto fizeram parte do núcleo sénior da família real, nomeadamente os problemas de saúde mental que Meghan sofreu e o facto de um elemento da família se ter preocupado com qual seria o tom da pele de Archie quando este nascesse.
A polémica gerada pela entrevista foi tal que a própria monarca decidiu quebrar o silêncio a que os Windsor se remetem sempre que surge uma nova controvérsia envolvendo membros da família, tendo emitido uma declaração onde explica que “toda a família está triste por saber a verdadeira extensão dos desafios que o Harry e a Meghan enfrentaram nos últimos anos”, fazendo ainda referência às questões raciais apontadas por Meghan durante a conversa. “As questões levantadas, principalmente as de raça, são preocupantes. São levadas muito a sério e serão tratadas de forma privada pela família”, sublinhou Isabel II.
4- A morte do duque de Edimburgo
O golpe mais duro do ano aconteceu a 9 de abril. Depois de ter passado um mês internado, o príncipe Philip regressou a casa em meados de março. Cerca de três semanas mais tarde, a Casa Real emitia uma nota a comunicar a morte do marido de Isabel II, um momento de particular tristeza para toda a família. Foi nessa altura que o príncipe Harry regressou pela primeira vez a Londres para assistir ao funeral do avô, que morreu aos 99 anos, uma viagem que aconteceu mais de um ano depois de ter deixado os deveres reais e passado a viver com Meghan e o filho de ambos nos Estados Unidos.
5 – A pandemia
Apesar de ser um problema comum à vida de grande parte da população mundial desde o primeiro trimestre de 2020, a pandemia obrigou a rainha a isolar-se da restante família real, tendo passado grande parte do último ano apenas com o marido.
Com a morte do duque de Edimburgo, aos 99 anos, a rainha perdeu o seu companheiro de mais de sete décadas, que teve um funeral diferente do tradicional para os elementos da família real britânica, tendo ficado marcado por grandes medidas de segurança, devido à Covid-19. Durante as cerimónias fúnebres, e por causa da situação pandémica, a rainha sentou-se sozinha, uma imagem triste que comoveu milhões de pessoas.
6 – Os problemas de saúde de Isabel II
Em outubro, a rainha foi obrigada a suspender a sua agenda, por recomendação médica. Depois de ter passado uma noite internada no hospital King Edward VII, Isabel II cancelou as deslocações à Irlanda do Norte e a Glasgow, onde iria marcar presença na COP26, falhou a presença no Remembrance Day e regressou ao teletrabalho. Entretanto já voltou aos atos presenciais, tendo estado presente recentemente no batizado de dois dos seus bisnetos, August Philip e Lucas Philip.
7 – Morte da duquesa de Gafton, dama de companhia da rainha
No início deste mês de dezembro, Isabel II despediu-se de mais uma pessoa próxima. Ann Fortune FitzRoy, duquesa de Grafton, sua amiga e dama de companhia desde a primeira metade da década de 1950, morreu no passado dia 3 de dezembro, aos 101 anos
A aristocrata começou a trabalhar para a família real britânica em 1953 e durante este tempo acompanhou a rainha em alguns eventos públicos de relevo, como aberturas do Parlamento e nas viagens de Estado a Paris, Rússia e Nigéria.