O escândalo que rodeia a The Prince’s Foundation, a fundação do príncipe Carlos, continua a dar que falar. Dois meses depois de ter sido tornado público um presumível acordo de favores e tráfico de influências entre o príncipe de Gales e o magnata Mahfouz Marei Mubarak, da Arábia Saudita, com o qual este último teria conseguido a cidadania britânica, o caso volta a estar em cima da mesa, e tudo por causa de um dos homens de confiança do herdeiro da coroa britânica.
Depois de o príncipe Carlos ter negado qualquer envolvimento no caso e alegado não ter conhecimento “da suposta oferta realizada para conseguir uma doação para as suas organizações de caridade”, o diretor executivo da função, Michael Fawcett, que já tinha renunciado, em setembro, de forma temporária às suas funções, decidiu agora demitir-se irrevogavelmente do cargo.
De acordo com declarações de amigos próximos do ex-diretor executivo ao Daily Mail, este está “desconsolado” e “destroçado” com o caso e decidiu afastar-se definitivamente. Um porta-voz da organização já confirmou este afastamento. Além disso, Fawcett também não voltará a trabalhar com o príncipe na organização dos seus eventos através da empresa Premier Mode, rompendo assim totalmente os laços que tinha com o filho mais velho de Isabel II.
De recordar que Mubarak terá alegadamente doado 1,3 milhões de libras esterlinas à The Prince’s Foundation em troca da obtenção da cidadania, algo sobre o qual o príncipe negou ter conhecimento. “O príncipe de Gales não tem conhecimento da suposta oferta realizada [ao magnata] para conseguir uma doação para as suas organizações de caridade e apoia plenamente a investigação que a The Prince’s Foundation está a levar a cabo”, referiu um porta-voz do príncipe à imprensa britânica.
Nos últimos e-mails que foram tornados públicos surge o nome de William Bortrick, assessor do magnata, que assegura que príncipe de Gales não só estava a par da situação, como ainda apoiava o facto de que o multimilionário deveria ser compensado pela sua generosa doação, declarações que o porta-voz do herdeiro do trono britânico também negou.