No passado mês de setembro, o príncipe André recebeu formalmente a denúncia por parte de Virginia Giuffre no âmbito do escândalo sexual que tem como figura central Jeffrey Epstein, magnata que foi amigo do duque de York e que morreu na prisão, em 2019. A mulher, hoje com 38 anos, afirma que sofreu abusos sexuais por parte do filho da rainha Isabel II, quando era ainda menor.
Agora, a equipa legal que representa o príncipe apresentou um recurso num tribunal em Manhattan, nos Estados Unidos, no qual solicita que a acusação de Giuffre seja desestimada, negando todas as acusações.
Um dos argumentos expostos pelo advogado Andrew Brettler é o de que a mulher só abriu este processo “infundado, inviável e potencialmente ilegal” contra o duque de York “para conseguir outro pagamento às suas custas e às das pessoas que lhe são mais próximas”. O advogado indica também que a maior parte das pessoas pode apenas sonhar com a possibilidade de “obter as somas de dinheiro que Giuffre garantiu ao longo dos anos”, por “vender a sua história à imprensa e chegar a acordos secretos para resolver os seus processos”.
De recordar que Virginia Giuffre acusa o príncipe de ter abusado dela na casa da socialite Ghislaine Maxwell, em Londres, e nas propriedades de Epstein em Nova Iorque e em Little St. James, a sua ilha particular. Virginia refere que naquela época tinha 17 anos, mas que os acontecimentos daquela altura continuam a causar-lhe “grandes angústias, danos emocionais e psicológicos”. Já a equipa jurídica do príncipe afirma que Virginia “poderá ter sido vítima de Epstein”, mas que o seu cliente “nunca abusou dela”.
Há dois anos, quando este escândalo se tornou público, o príncipe André afastou-se da vida pública, renunciou aos deveres reais, e desde então foi apenas visto com a restante família real em muito poucas ocasiões, entre as quais se contam o funeral do seu pai, o duque de Edimburgo, que morreu no passado mês de abril.