Na semana passada, a família imperial do Japão tornou-se no centro das atenções, depois de o Governo do país ter proposto algumas medidas um pouco polémicas para solucionar a crise de sucessão que o país atravessa. Agora, voltam a ser notícia, depois de a princesa Kiko, mãe de Mako, ter falado pela primeira vez sobre o casamento da filha, que vem sendo sucessivamente adiado desde 2018.
Recentemente, a imprensa japonesa avançou que a filha mais velha do príncipe Fumihito e Kei Komuro iriam dizer o ‘sim’ ainda este ano. E foi este um dos temas sobre os quais Kiko falou, por ocasião da celebração dos seus 55 anos, respondendo a perguntas que lhe foram colocadas através do gabinete de imprensa da Casa Imperial.
A mulher de Fumihito assegurou que respeita as decisões da filha, ainda que haja aspetos em que as suas opiniões não estejam alinhadas. “Apesar de haver aspetos com os quais posso estar de acordo, existem outras áreas nas quais as nossas opiniões diferem. Quero respeitar os sentimentos da minha filha mais velha tanto quanto seja possível. Como mãe, tenho tido muitas conversas com a minha filha para aceitar os seus sentimentos e opiniões”, afirmou Kiko, sem, no entanto, revelar a que temas se refere.
Recorde-se que a princesa Mako e Kei Komuro anunciaram o noivado em 2017, mas desde então o enlace tem sido adiado por vários motivos, entre os quais alegados problemas financeiros da família do noivo.
No que respeita à crise da sucessão, motivada por, neste momento, existirem apenas duas pessoas que podem vir a reinar – o irmão mais novo do atual imperador e o filho deste, Hisahito, que tem ainda 15 anos -, o Governo japonês estuda atualmente duas hipóteses.
A primeira é a adoção legal de um descendente de uma antiga família aristocrata, ao qual seriam dados todos os direitos sucessórios, dado que as antigas famílias aristocratas partilham um parente comum, que é o primeiro imperador do Japão. Além disso, está novamente a ser avaliada a possibilidade de que as mulheres da família imperial não percam o estatuto ao casarem-se com homens que não pertençam à realeza. Desta forma, elas continuariam sem poder integrar a linha da sucessão ao trono, mas os seus filhos seriam herdeiros de legítimo direito, o que poderia colocar um ponto final na crise da sucessão.
Caso esta segunda hipótese seja aprovada, Mako poderá nem vir a perder o estatuto depois do casamento.