Já se passaram quatro anos desde que a família imperial do Japão anunciou o noivado da princesa Mako com Kei Komuro. Depois de ter sido adiado mais do que uma vez, por diversos motivos – o enlace estava inicialmente previsto para 2018 -, a filha mais velha dos príncipes Akishino e Kiko, de 29 anos, e Kei Komuro, da mesma idade, vão poder dizer o ‘sim’ brevemente, numa cerimónia mais discreta, sem precedentes.
A imprensa japonesa avançou recentemente que o casamento vai mesmo realizar-se este ano, mas que não contará com os rituais tradicionais. Por exemplo, foi dispensada a cerimónia Nosai no Gi, um momento formal em que as famílias dos noivos costumam trocar presentes, assim como o encontro oficial com o imperador e a imperatriz, no qual os noivos devem mostrar eterna gratidão.
A imprensa local avança ainda que é muito provável que a princesa renuncie ao dote de mais de 150 milhões de yenes (correspondente a 1,2 milhões de euros) a que todas as mulheres da família imperial que se casam com plebeus têm direito. Isto acontece, porque, ao contraírem matrimónio com uma pessoa que não pertence à família real, as mulheres da realeza perdem o estatuto de princesas e passam também elas a ser plebeias.
No entanto, recebem este dote, pago com o dinheiro dos contribuintes, como forma de “manter a dignidade de uma pessoa que foi membro da família imperial”. O montante é determinado pelo Conselho da Economia da Casa Imperial, mas a princesa já terá tornado público o seu desejo de não receber este valor, um pedido sem precedentes, que o Governo japonês está ainda a analisar.
Depois do casamento, espera-se que Mako e Komuro se mudem para os Estados Unidos. De acordo com a imprensa japonesa, o noivo da princesa terminou recentemente a licenciatura em Direito na Universidade de Fordham, em Nova Iorque, e ter-se-á submetido a um exame que lhe poderá permitir começar a trabalhar num escritório de advogados naquele Estado.