Desde que subiu ao trono, o rei da Tailândia tem tomado diversas decisões bastante polémicas, que têm deixado insatisfeito o povo tailandês. A mais recente foi ter decidido devolver a liberdade a Sineenat Wongvajirapakdi, a mulher que converteu em concubina real em agosto do ano passado e que repudiou dois meses mais tarde.
Na passada sexta-feira, Sineenat abandonou o estabelecimento prisional de Bangkok onde se encontrava detida, e, no dia seguinte, viajou até à Alemanha, onde o rei Vajiralongkorn se encontra, para integrar o harém que com este está alojado num luxuoso hotel.
De recordar que no dia em que o monarca celebrou 67 anos, ofereceu a si próprio uma “consorte imperial”, a primeira em quase um século naquele país. Foi esse o título que recebeu Sineenat durante uma cerimónia transmitida pela televisão a toda a população e a que a rainha Suthida assistiu, ao lado do marido. Da nova concubina real pouco se sabia, apenas que nasceu em 1985 e que começou a sua carreira profissional como enfermeira.
Dois meses mais tarde foi repudiada em público, despojada do título que detinha e acusada de deslealdade e desobediência pelo rei. “A consorte real é mal agradecida e comporta-se de um modo impróprio. Também não está satisfeita com o título que lhe fora outorgado, fazendo todos os possíveis para elevar-se à altura da rainha”, dizia então o boletim divulgado pela casa real.
Durante todos estes meses o paradeiro de Sineenat era desconhecido, tendo-se até especulado que teria morrido. Agora sabe-se que a mulher viajou no passado sábado num Boeing 737, propriedade da casa real, com destino a Munique, tendo sido recebida pelo próprio rei à chegada.