O duque de Cambridge sabe a importância do futebol para milhões de britânicos e por isso apelou à ajuda dos seus representantes, em prol da causa da saúde mental, a grande bandeira da Royal Foundation.
O príncipe conta com um apoio de peso: o ex-futebolista inglês David Beckham. Mas não só: William reuniu-se com vários representantes do mundo do futebol para criar um “plano de jogo coletivo” de forma a dar mais visibilidade a uma questão que também afeta o desporto. O resultado foi a “Declaração de Futebol Mentalmente Saudável”, sobre a qual o duque de Sussex declarou: “Estou muito satisfeito em anunciar que hoje todo o sistema de futebol da Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte se uniu em torno de um objetivo comum: desenvolver uma cultura mentalmente saudável em todo o mundo”. William fez questão de lembrar que “o futebol é um deporto coletivo e, pela primeira vez, existe um plano de jogo coletivo para tornar a saúde mental a parte principal do jogo”.
Numa conversa, registada em vídeo, William conversou com o ex-capitão da Inglaterra David Beckham, o capitão da seleção de Inglaterra, Steph Houghton, o futebolista do Aston Villa Tyrone Mings e Andros Townsend do Crystal Palace, bem como o presidente do Everton, Carlo Ancelotti. Todos os presentes falaram sobre a sua experiência de lidar com os desafios colocados à saúde mental durante as suas carreiras e a importância de procurar ajuda.
David Beckham relembrou o sucedido em 1998, durante o campeonato do mundo, quando foi expulso contra a Argentina, e a forma como foi tratado por causa disso: “Se as redes sociais existissem quando estava a passar por aquilo, teria sido uma história totalmente diferente. Mas, tive sorte, tinha um sistema de apoio no Manchester United, o apoio do presidente e, obviamente, da família”, disse.
“Mas perguntem-me se na época achava que não haveria problema em procurar alguém e dizer que precisava de ajuda? Não, não achava, porque era uma época diferente, e senti que tinha que lidar com tudo sozinho”, acrescentou. “Todos sabemos agora que não há problema em não estar bem, e não há problema em dizê-lo”.