Aos 71 anos, o príncipe Carlos já há muito que pensa nas alterações que pretende implementar na família real quando subir ao trono. De acordo com os especialistas em realeza, o filho mais velho de Isabel II deseja diminuir o tamanho da instituição, para que se assemelhe a outras casas reais europeias.
“A sua visão é a de uma monarquia em que o núcleo seja formado por ele próprio, a duquesa da Cornualha, e os seus filhos, William e Harry, com as suas respetivas famílias. Os cidadãos estão muito mais sensíveis à forma como é gasto o dinheiro público, e isso significa mais tarefas oficiais com menos pessoas”, escreveu Jamie Sanham no Royal Central, uma página online dedicada às famílias reais.
No entanto, o afastamento do príncipe Harry e de Meghan do núcleo sénior da família real e a sua mudança para os Estados Unidos ditou uma alteração nos planos do príncipe herdeiro. O palácio de Buckingham tem uma agenda anual de cerca de dois mil atos oficiais, – combinando o total de atos em território britânico e no estrangeiro -, nos quais algum membro da família real tem que marcar presença.
Com a gradual (e natural) diminuição de atos públicos a que a rainha assiste, o príncipe Carlos tem acumulado mais presenças em eventos, tal como tem acontecido com o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono, e Kate.
“A ideia de uma monarquia reduzida tem as suas desvantagens”, escreveu a jornalista Penny Junor no semanário The Spectator. “O valor de todo o trabalho que a realeza tem em causas ignoradas ou mal financiadas pelo Governo é incalculável. Um carimbo real no papel timbrado pode transformar completamente tanto o perfil como a capacidade de angariação de qualquer projeto. E se se reduz o número de membros da família real em circulação, esses números vão obrigatoriamente reduzir-se também”, afirmou.