
Este domingo, dia 6, poucos minutos antes de ser divulgado o discurso gravado por Isabel II, foi a vez de o rei Carlos Gustavo da Suécia ter falado aos cidadãos desde o castelo de Estenhammar, em Flen, onde se encontra em isolamento com a rainha Sílvia há cerca de uma semana.
Durante o discurso, o monarca sueco agradeceu aos profissionais de saúde pelo trabalho prestado, recordou a importância de ficar em casa e transmitiu otimismo. “A viagem é grande e difícil, mas no final a luz triunfa sobre a escuridão e poderemos sentir esperança novamente”, disse.
“O Covid-19 tem a Suécia e o mundo sob controlo, as ruas e praças estão vazias e tranquilas. A pandemia atingiu com um duro golpe os nossos negócios, os trabalhadores e a economia sueca, a sociedade sueca em geral. Penso em particular no setor da saúde que trabalha para salvar tantas vidas quanto é possível. Esta é uma grande tarefa, de coragem, e requer resistência. A todos os envolvidos neste trabalho vital, agradeço-vos sinceramente”, começou por dizer o rei.
“Também àqueles que asseguram que as pessoas mais velhas recebem a atenção de que necessitam, que possam comprar alimentos, que asseguram que os transportes públicos continuam a funcionar e tudo aquilo que damos por adquirido tão facilmente, o meu mais sincero agradecimento a todos vocês”, continuou.
Por fim, o monarca deixou uma mensagem de esperança. “Dentro de algumas semanas terei 74 anos, uma idade considerável. Mas isto também significa que passei por muitas das crises que o nosso país viveu. Vi como as crises nos ajudam a reavaliar, a distinguir entre o que é importante e o que não tem importância. Como o medo se converte numa compreensão da gravidade do problema e de como se pode resolver. E uma coisa que aprendi é isto: não importa quão profunda ou prolongada seja uma crise, ela chegará ao fim. E quando chegar todos beneficiaremos da consideração e da força que o povo sueco está a demonstrar. Esta força será um trunfo para o nosso país no futuro pelo qual ansiamos. Agora resta-me desejar-vos uma Páscoa agradável, apesar de tudo. E ainda que possa ser difícil, lembre-se: não está sozinho”, concluiu Carlos Gustavo, antes de se despedir.