Há uma surpreendente regra na linha de sucessão ao trono que poderá levar alguns membros da família real inglesa, nomeadamente os príncipes William e George. Sabe-se que, de acordo com as regras, o príncipe William é o segundo na linha de sucessão ao trono, já que é filho do príncipe Carlos, o herdeiro ao trono depois da rainha Isabel II. O príncipe George, de seis anos, é o filho mais velho do duque de Cambridge, o que significa que, a dada altura, tanto ele como William serão dois herdeiros prováveis ao trono.
Contudo, e de acordo com uma regra nas leis de sucessão ao trono britânico, há um detalhe que poderá fazer com que William e George percam esse direito, já que a sucessão ao trono é regulada, não apenas pela descendência, mas também pelo estatuto do Parlamento. Sendo a realeza inglesa membro da igreja anglicana, com a rainha a assumir a sua chefia, isso significa que, caso William ou George virem as costas a essa crença, podem perder o direito ao trono.
A regra é controversa e é apresentada no próprio site da família real: “A lei estabelece que apenas os descendentes protestantos da princesa Sofia – a eletiva de Hannover e neta de James I – são elegíveis para suceder [ao trono]. Atos subsequentes confirmaram isto.” É possível ler ainda algumas condições que o soberano deverá cumprir: “um católico romano é específicamente excluído da sucessão ao trono. Deve, além disso, estar em comunhão com a Igreja de Inglaterra e jurar preservar as Igrejas de Inglaterra e da Escócia estabelecidas. Deve prometer manter a sucessão protestante.”
Contudo, é permitido aos membros da família real podem casar com católicos romanos sem isso significar a perda ao direito da linha de sucessão. De acordo com Richard Fitzwilliams, historiador real, isto signficava que, mesmo estando autorizados a casar com pessoas católicos, sendo o rei chefe da igreja de Inglaterra teriam de estar em comunhão com aquela religião. “Os príncipes George, Charlotte e Louis podem casar com alguém da igreja católica, mas os seus filhos terão de ser educados na Igreja de Inglaterra se querem manter o seu lugar na linha de sucessão ao trono.”