
Teresinha Landeiro tinha apenas 12 anos quando cantou fado em público, numa casa de fado, pela primeira vez. Desde então, a sua voz foi ecoando em concursos e casas de fado até ser convidada para se tornar uma das fadistas residentes da Mesa de Frades, onde atua todas as sextas-feiras. “Ninguém na família gostava de fado. Quer dizer, o meu pai gostava, mas não ouvia, a minha mãe odiava. Este gosto pelos fados era uma coisa só minha. Desde miúda que pedia aos meus pais para ir a casas de fado. Acho que a minha mãe ficou muito preocupada comigo na altura”, contou a fadista, hoje com 26 anos, na apresentação do Festival da Canção, ao qual irá concorrer com a música Amanhã.
“Ninguém na família gostava de fado, mas desde miúda que pedia aos meus pais para irem comigo a casas de fado.”
Natural de Azeitão, Teresinha vive em Lisboa desde que entrou para a faculdade, para Engenharia Biológica, que, pouco depois, trocou pelo curso de Gestão da Universidade Nova. “A vida deu outras voltas”, diz a fadista, que tem conseguido pagar as suas contas com o que a música lhe tem dado: “É possível viver só da música em Portugal, sobretudo quando se trabalha com gosto.”