João Reis sobe ao palco do Teatro da Trindade, em Lisboa, com a peça O Diário de Anne Frank, um texto encenado por Marco Medeiros. Neste desafio profissional, o ator dá vida a Otto Frank, pai da adolescente que escreveu um diário que se tornou um símbolo do Holocausto, sendo um dos textos mais lidos e estudados por várias gerações. “É uma grande responsabilidade, porque este papel obriga-nos a entrar em zonas emocionais que são difíceis e porque convoca a memória de um período que talvez seja o mais triste da nossa História recente. Não foi assim há tanto tempo e estamos a ver guerras e perseguições a terem lugar nos nossos dias. Por tudo isso, sentimos o peso e a dimensão da História nesta peça”, partilhou João Reis com a CARAS.
“Quando a arte nos convoca, percebemos que não podemos mesmo ser passivos.” (Catarina Furtado)
Depois de se estrearem, o ator recebeu os parabéns de vários colegas e amigos, destacando-se o abraço sentido da mulher, Catarina Furtado, que não só elogiou o trabalho do marido e de todo o elenco, como sublinhou a relação que este texto continua a ter com a atualidade: “Estou bastante comovida. Vim com os meus filhos, porque queria que eles vissem esta peça, que tem uma força muito grande. O final desta história é o final de muitas outras que estão a acontecer neste momento na Ucrânia e em outras partes do mundo onde o genocídio continua. Quando a arte nos convoca, percebemos que não podemos mesmo ser passivos.”
Fotos: Luís Coelho