Numa altura em que faltam apenas algumas horas para o início das celebrações do Jubileu de Platina da rainha Isabel II, o nome do príncipe André, que participará em pelo menos um dos atos oficiais, voltou a estar em cima da mesa, desta vez devido a umas controversas declarações dadas pelo Arcebispo da Cantuária, Justin Welby.
O líder anglicano, de 66 anos, afirmou que a opinião pública deveria ser mais “aberta e indulgente” com o duque de York e perdoá-lo, uma vez que ele está a “tentar redimir-se”. “Agora, com o príncipe André, creio que todos temos que dar um passo atrás. Está a tentar fazer as pazes e acredito que isso é algo muito bom. O perdão realmente importa. Acho que nos tornámos numa sociedade muito, muito implacável”, disse, numa entrevista ao ITV News.
O terceiro filho da rainha Isabel II, que se retirou da vida pública em novembro de 2019, devido à sua ligação ao escândalo sexual do magnata Jeffrey Epstein, viu-se também despojado dos seus títulos militares em janeiro deste ano, que lhe foram retirados pela rainha. No mês seguinte assinou um acordo milionário com Virginia Giuffre, que o acusou de abuso sexual, crime que remontaria a uma época em que ela era ainda menor. Esse acordo evitou que o príncipe fosse a julgamento.
Depois da exibição do programa, o arcebispo viu-se obrigado a explicar as suas declarações, através de um porta-voz, que referiu que “na sua entrevista à ITV News, o arcebispo não se estava a referir especificamente ao príncipe André quando disse que nos devemos tornar numa sociedade mais tolerante, estava a fazer um comentário mais amplo sobre o tipo de sociedade que ele queria”.
