Reservada, Margarida Moreira gosta de viver na sua concha. Preserva a sua vida pessoal, conta os amigos pelos dedos das mãos, é muito ligada à família, às suas raízes, e tem trilhado um trajeto no mundo da representação do qual se orgulha, acreditando que o melhor está sempre para vir. A atriz tenta retirar o lado positivo de todas as experiências, e por essa razão, durante os confinamentos, um período turbulento, conseguiu ver em si uma transformação. Deixou de ser tão insegura, potenciou a sua vontade de vencer e assume não querer ser mera espectadora da sua própria vida.
Avessa às objetivas fotográficas, Margarida, que fez recentemente uma participação na novela Festa É Festa, da TVI, e que podemos ver atualmente em Causa Própria, a nova série da RTP que estreou na semana passada, sabe que essa é uma consequência do seu trabalho, cada vez mais reconhecido. Não só em novembro último foi distinguida com o Prémio Augusta, no BragaCine’21 – Festival de Cinema Independente de Braga, como está duplamente nomeada para os Prémios CinEuphoria 2022, para Melhor Atriz, pela sua interpretação no telefilme Maluda, disponível na RTP Play, e Melhor Atriz Secundária, pelo filme O Último Banho, realizado por David Bonneville. Foi sobre tudo isto que Margarida conversou connosco durante uma manhã passada nos jardins do Palácio de Seteais, em Sintra.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1379 da revista CARAS