Charlie Watts, o baterista de longa data dos Rolling Stones, morreu esta terça-feira, dia 24 de agosto. Tinha 80 anos.“
É com imensa tristeza que anunciamos a morte do nosso adorado Charlie Watts. Ele faleceu pacificamente, num hospital em Londres, hoje mais cedo, rodeado pela família”, fez saber o porta-voz Bernard Doherty, num comunicado enviado à revista People. “O Charlie era um marido, pai e avô estimado, e também, enquanto membro dos The Rolling Stones, um dos maiores bateristas da sua geração”, continua o texto. “Pedimos atenciosamente que a privacidade da sua família, colegas de banda e amigos próximos seja respeitada neste momento difícil”.
Watts, que entrou para o Corredor da Fama do Rock and Roll ao lado dos colegas de banda em 1989, foi submetido a um procedimento médico não especificado no início de agosto. Na altura, um representante disse que a intervenção tinha sido “completamente bem-sucedida”.
“Não sou verdadeiramente uma estrela de rock”
Nascido a 2 de junho de 1941, filho de uma operária e de um motorista da British Rail, Charlie Watts aprendeu a tocar bateria sozinho na adolescência, inspirado pela música Walking Shoes, de Gerry Mulligan Quartet, diz o livro The Sun & the Moon & the Rolling Stones.
Pouco depois, já tocava jazz em clubes noturnos de Londres. No dia 14 de janeiro de 1963, tocou pela primeira vez com os Rolling Stones no Flamingo Club. “Quando ficámos com o Charlie, estava tudo certo”, disse Keith Richards, citado pela revista Rolling Stone.
O baterista manteve-se ao lado de Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Brian Jones, Ian Stewart, Bill Wyman e Mick Taylor, entre outros, durante mais de 50 anos, tendo lançado quase duas dúzias de álbuns de estúdio ao longo do último meio século e consolidando o status de lenda do rock ‘n’ roll. Embora nunca tenha deixado o grupo — participou em digressões até estar na casa dos 70 —, também lançou vários álbuns de jazz com o The Charlie Watts Quintet.
Watts casou-se com a mulher, Shirley, em 1964. Cinquenta e quatro anos depois, revelou ao portal NME o motivo para o casamento ser tão bem-sucedido: “Não sou verdadeiramente uma estrela de rock”.