No seu novo single, A beleza vai mudar o mundo, Soraia Tavares canta que “mudar o mundo não é num segundo”. Ainda assim, a cantora e atriz está a fazer a sua parte nesta tentativa de transformar os preconceitos em amor. “A arte é a minha melhor forma de comunicar. Até acho que sou melhor com as palavras cantadas do que com as faladas, e esta canção cada vez me faz mais sentido. Sou uma artista pensante, que quer mudar o mundo”, admitiu à CARAS, à margem das gravações do telefilme Os Vivos, o Morto e o Peixe Frito, cujo elenco integra. “Sinto a pressão para ser sempre ótima desde pequenina. E isso foi-me incutido em casa, porque está tudo relacionado com a minha cor de pele. Isto porque a minha família quer que eu tenha uma oportunidade, mas para a conseguir tenho de me destacar acima da média para que alguém me veja. Isso leva-me a não fazer nada pela metade, a sentir constantemente essa pressão. Quero ser notada, mas sempre me disseram que seria mais difícil consegui-lo. Na verdade, ao crescer, pensava sempre na princesa branca, nunca pensava que a princesa podia ser negra. E a única referência que havia quando era pequenina era a Sara Tavares. Agora há mais representatividade, mas é muito pouco. Sei que hoje faço parte dessa representatividade para miúdas mais novas, mas sinto que sou eu e mais três ou quatro, e isso é muito pouco para acreditar que realmente se vai chegar lá”, sublinhou.
