
Tem 30 anos e começou o seu percurso na representação em 2009, altura em que terminou o curso de Interpretação da Escola Profissional de Teatro de Cascais. O teatro é a grande paixão de Lídia Muñoz, mas a televisão e o cinema também fazem parte do seu currículo. Neta de Eunice Muñoz, Lídia aprendeu com a avó a respeitar a profissão, os autores, o palco, o encenador, os técnicos, os colegas e o público. E lamenta que no nosso país não se tenha o devido respeito pela cultura. Embora durante esta crise pandémica nunca tenha deixado de trabalhar [está neste momento em ensaios de A Margem do Tempo, um espetáculo que está previsto estrear assim que for levantado o confinamento], lamenta que muitos colegas estejam no desemprego, sublinhando o facto de que a escolha de atores pelo número de seguidores nas redes sociais é mais “uma prova de que o sistema quer gerar lucro e audiências, ao invés de brindar o público com qualidade e talento”. E é por solidariedade para com os seus pares do setor da cultura, e com o intuito de ser uma voz ativa contra um sistema inexistente, que Lídia – que não pertence a nenhum grupo político e não tem interesses pessoais a defender – acedeu a dar-nos esta entrevista.