Foi há cerca de sete anos que Pedro Laginha viveu os momentos mais assustadores da sua vida. O filho, Afonso, na altura com 11 anos, era diagnosticado com um tumor. Seguiram-se exames e uma cirurgia e agora o jovem, já com 18 anos, encontra-se bem e saudável. Esta quarta-feira, dia 3, o ator esteve no programa “Júlia”, da SIC, e recordou esse período mais delicado.
“Fomos fazer uma ressonância magnética e viram logo, que ele tinha uma coisa dentro dele que parecia do tamanho de uma manga. O médico disse: ‘Isto tem que ser visto já’. Há 50% de hipóteses de ser bom, 50% de hipóteses de ser mau. Quer dizer, bom nunca é, mas podia ser pior”, recorda, revelando o que sentiu de seguida: “O mundo cai todo. O chão desaparece. Parece que acordamos para uma vida nova, um mundo novo”.
Pedro Laginha recorda o medo e a dúvida vividos. “Nós não sabíamos se podia ser benigno, se podia ser maligno. Felizmente, não tinha metastizado em lado nenhum, o que era um bom sinal”. Seguiu-se a fase de estabelecer um plano. O tumor foi considerado benigno e os médicos optaram pela cirurgia para o retirar. “Era uma operação extremamente delicada porque era perto do mediastino. Um milímetro ao lado e ele podia ficar paralisado metade do corpo. Podia deixar danos para o resto da vida dele”. Felizmente tudo correu bem.
Dúvidas e receios
Do diagnóstico até à recuperação passaram dois meses. Um período de tempo vivido com grande angústica, dúvidas e receios.
“É viver não se sabe bem como. Tentar minimizar as coisas e tentar que ele não perceba”, começa por dizer o ator, admitindo que foi feito de tudo para que Afonso não percebesse a gravidade da situação.
Pedro Laginha conta que, com este diagnóstico, começou a ter maior atenção à alimentação. Sua e da família. “O cancro alimenta-se precisamente de todas as porcarias que comemos, das toxinas todas que metemos no nosso corpo, nas comidas processadas, nos açúcares industriais, nessas coisas todas que estão presentes na nossa alimentação. Então, passámos a ter uma alimentação o mais biológica possível para minimizar a entrada dessas toxinas que poderiam alimentar qualquer coisa que ele pudesse ter”. Um plano feito não só para Afonso, mas para todos.
Sobre o maior medo que enfrentou neste período difícil, Pedro Laginha diz, em jeito de conclusão: “Colocar sequer a hipótese de que o nosso filho pode ir à nossa frente, é destruidor”.