Aos 18 anos, Elisabete Matos deixou a família e a terra onde cresceu, Caldas das Taipas, Guimarães, e foi para Madrid para dar continuidade à sua formação na área do canto. Pouco sabia do mundo e do que esperar desta aventura no país vizinho. Na bagagem levava a paixão pela música e a vontade de aprender. Resiliente e muito dedicada, a menina cheia de sonhos deu lugar a uma soprano conhecedora, talentosa e intuitiva, qualidades que a levaram a pisar os maiores palcos do mundo, como o da Metropolitan Opera House de Nova Iorque, o Teatro alla Scala, em Milão, ou o Teatro Real de Madrid. Contudo, entre tantas salas emblemáticas, o Teatro Nacional de São Carlos sempre teve a sua predileção. Mais do que subir ao palco da sala de ópera do seu país, Elisabete queria criar oportunidades para os novos talentos e levar a música a outros públicos. E foi com essa vontade de fazer mais e melhor que se tornou, há um ano, a primeira mulher a assumir a direção artística deste teatro lisboeta.
Pouco depois, a cantora teve de aprender, de um dia para o outro, a lidar com uma pandemia que está a devastar a área cultural. Nestes tempos atípicos, valem-lhe o seu sentido prático e otimismo, características que a têm ajudado a escrever e orquestrar esta partitura tão desafiante, como nos contou nesta entrevista.
Uma entrevista para ler na íntegra na edição 1316 da revista CARAS.