No passado dia 18 de setembro, morreu a mais antiga juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América, Ruth Bader Ginsburg, devido a complicações oncológicas. Em 1999, tinha sido diagnosticada com cancro do cólon e, em 2009, no pâncreas.
Após operações e tratamentos, voltou a ficar debilitada no final de 2018. Voltou a ser submetida a uma operação, quimio e radioterapia, continuando a trabalhar quase até ao dia da morte.
Em comunicado, o presidente do Supremo, John G. Roberts, disse: “A nossa nação perdeu uma jurista com um estatuto histórico. Nós, no Supremo Tribunal, perdemos uma estimada colega. Hoje, choramos, mas com a confiança de que as futuras gerações vão recordar Ruth Bader Ginsburg tal como nós a conhecemos – como uma incansável e determinada defensora da justiça“.
Ruth tornou-se um verdadeiro ícone do feminismo, tendo sido co-fundadora e directora do Projecto dos Direitos das Mulheres na União das Liberdades Civis Americanas, e uma das fundadoras do primeiro jornal de direito focado nos direitos das mulheres, o Women’s Rights Law Reporter, na década de 1970. Mostrou-se também, ao longo dos anos, contra a discriminação de género e a favor do aborto.
De acordo com a National Public Radio, a juíza terá expressado à neta, Clara Spera, o seu último desejo, relacionado com o cargo que ocupou: “O meu desejo mais ardente é não ser substituída até que um novo Presidente tome posse“.