Liliana Campos recorreu à sua ocnta pessoal de Instagram esta quarta-feira, 15 de janeiro, para recordar uma figura crucial na sua vida: o pai. Foi há 24 anos que o progenitor da apresentadora faleceu. Volvidas mais de duas décadas, a apresentadora de “Passadeira Vermelha” não esquece cada detalhe, cada aprendizagem.
“Pai. 24 anos sem ti! Exactamente metade da minha Vida! Fez-me tanta falta, que ninguém imagina!! Faz-me… Dou conta disso, quando o que vai no meu Coração é exactamente o que sempre foi. De uma forma confusa, o que quero partilhar, de bom e de mau é exactamente o mesmo. Desde os 24 anos que passei a ter que tomar decisões, sem nunca ter a certeza do que estava a fazer. Sempre a pensar que conselhos é que me daria! O Pai tinha sempre a solução para tudo, ou quase tudo… Era o meu porto seguro. Foi com o Pai que aprendi a ver ainda novinha o Telejornal do início ao fim, a ouvir debates políticos e me viciei em programas desportivos”, começa por dizer numa longa publicação.
E prossegue: “Aos domingos discutíamos o golo da jornada e eu sei que achava graça às minhas opiniões, desde que não colocassem em causa seu Sporting. Aos sábados era o Expresso. Foi o Pai que me instigou a ler todas as semanas aquele jornal de tamanho XXL. O Pai era só a pessoa mais culta e mais inteligente que eu já conheci. Sabia tudo sobre tudo. E tinha necessidade de saber cada vez mais. Nunca nenhuma pergunta minha ficou sem resposta. Tínhamos conversas intermináveis pela noite dentro. Éramos notívagos! Eu a estudar, o Pai a ler. Bebíamos chá no inverno e Tang no verão. Era um Pai ‘cool’ como diziam as minhas amigas e as primas. Tinha um sentido de humor muito apurado e adorava umas boas gargalhadas. Raramente o vi zangado, mas não me esqueço do dia em que com esses olhos verdes quase me bateu por eu estar a mentir-lhe e manter a minha. Sportinguista ferrenho , dizia que o maior desgosto da sua Vida era ter uma filha do Benfica! Logo do Benfica! Tornei-me benfiquista para ser do contra.”
Liliana lembra ainda a relação terna e especial que sempre manteve com o pai e a forma difícil como sobreviveu à sua partida: “Sempre fui a menina do Papá , desde que nasci, até o Pai partir… e partiu de repente! Sem tempo de eu poder agradecer, de dizer quanto o amava. Sem tempo de me despedir… Hoje acho preferível que tenha sido assim, mas na altura era tão novinha Fiquei sem chão e sem Alma, durante anos…. Dava tudo para voltar a sentir o seu abraço forte, de um Homem Grande… e de um Grande Homem com um Coração Enorme … e de voltar ouvir: Palhuça vai buscar o rádio ao Pai… Anda cá Pinguças, vai começar o ‘Alô, Alô’.”
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