Michael Miranda, de 40 anos, tirou Engenharia Civil, mas cedo percebeu que a decoração de interiores era também uma paixão. Por isso, há sete anos juntou-se a dois amigos, Davide Gomes e Maria João Gonçalves, com quem já tinha um ateliê, e juntos criaram a loja Ding Dong, no Porto, onde reuniram peças identificativas do gosto e dos projetos que tinham feito até então. Há dois meses decidiram apostar em Lisboa e abriram mais uma loja, na Estrela, que está a ter o maior sucesso. E foi neste espaço que Michael criou para a CARAS uma proposta de uma mesa de Natal muito fora do comum: “Pensámos num Natal muito colorido, sem a nostalgia associada a esta época e com muita cor e alegria. Esta é, na verdade, uma mesa de festa que pode ser feita em qualquer altura. Cada vez mais as pessoas passam os Natais sozinhas ou com pessoas de família com quem não lhes apetece estar, só por ser a data que é. O que queremos com esta mesa é uma espécie de novo Natal, que se pode celebrar com quem se quer, e não com aquela prima que só vemos uma vez por ano e com quem nem sequer simpatizamos.”
A mesa foi pensada ao pormenor e segundo uma das filosofias da Ding Dong, que é “o uso, no dia a dia, de coisas boas, mas práticas, e não as guardar apenas para os dias especiais”. Quanto às escolhas estéticas, Michael explicou: “Resolvemos retirar a toalha, para evidenciar a mesa de madeira clara, e colocar marcadores em figueira azul e guardanapos em tecido verde. Misturámos vários serviços – o de base é da Hermès –, com muitos padrões, utilizámos copos muito bonitos, um faqueiro em casquinha e flûtes de champanhe em prata, nada comuns, porque são baixas e arredondadas, mas que conservam a frescura e a bolha de uma forma mais agradável do que as de vidro. Depois, temos velas de muita cor, que dão calor ao ambiente, e uns arranjos florais do nosso querido amigo e parceiro Joaquim Santos.”