Ricardo Santos
Calças de fato de cintura subida, casaco masculino oversized, de xadrez, com ombros ligeiramente acolchoados e mangas volumosas. Para completar o look, uma carteira cilíndrica em vime. Este foi o outfit escolhido por Catarina Mira para assistir ao desfile da marca Sophia Kah na Semana da Moda de Londres, com o apoio do Portugal Fashion. E não passou despercebida. Com a sua habitual simpatia, a atriz e autora do blogue Mira-me, de 28 anos, acabou a passear com a CARAS pelas ruas da elegante zona de Mayfair e a contar-nos como tem sido a vida em Londres desde há sete anos, quando se mudou para a capital inglesa para se aperfeiçoar na arte da representação. Foi lá também que começou a sua história de amor com o diretor criativo Martin Rose, de 33 anos, que conheceu na rede social Tinder e com quem se irá casar para o ano.
– Como é que tem corrido a sua vida em Londres?
Catarina Mira – Umas vezes bem, outras menos bem. No fundo, acho que o caminho de qualquer um de nós é sempre assim, independentemente do sítio onde escolhemos viver. Em Londres sinto-me em casa. Grande parte da minha vida adulta foi vivida em território inglês e, ainda que adore estar em Portugal, sinto que é em Londres, no lar que construí com o meu namorado, que realmente estou em paz. Gosto da independência que tenho aqui, do acesso à cultura, à diversidade, e da liberdade, sobretudo da liberdade.
– E como é o seu dia a dia?
– Trabalho a partir de casa, por isso a minha vida é muito caseira. Acabámos de nos mudar para um bairro em East London. Curiosamente, às vezes Londres parece uma pequena vila, os nossos vizinhos deram-nos uma planta e um cartão de boas-vindas, vou à mercearia fazer compras e o leiteiro ainda vai de porta em porta entregar o leite em garrafas de vidro… Vou muito ao cinema, janto fora poucas vezes e faço muitas escapadelas para o campo. É uma vida tranquila.
– Está tão apaixonada como no primeiro dia?
– Não há nada como o momento em que nos cruzamos com alguém pela primeira vez. É um momento irreplicável, visito-o muitas vezes na minha memória. Mas o amor desenvolve-se, constrói-se, e é isso que é bonito.
– Mantém o sonho de se casar?
– Sim, vai acontecer para o ano! Ainda não tenho nada marcado, mas queremos muito que assim seja. Este ano estivemos focados em concretizar outro sonho, o de comprar uma casa.
