Ricardo Santos
Em criança, Isabela Valadeiro, agora com 22 anos, já sabia que queria ser atriz. E foi com determinação que aos 18 anos saiu da sua terra natal, a aldeia de Santo Amaro, no distrito de Portalegre, e rumou a Lisboa em busca do seu sonho. Começou por se inscrever na Faculdade de Letras, mas rapidamente optou pela Escola de Atores. Entretanto, concorreu ao Face Model of the Year 2016, que ganhou, o que lhe permitiu desfilar em Milão e Paris. Três anos depois da sua chegada à capital, e já no fim do curso de representação, teve o seu primeiro desafio como atriz ao integrar o elenco da novela da TVI A Herdeira. E há quatro meses foi uma das grandes contratações da SIC para a série Golpe de Sorte, onde dá vida à personagem Telma Garcia até setembro.
Com a visibilidade veio também o interesse da imprensa, e as notícias mais recentes dão conta de um romance com o também ator José Mata. Zelosa da sua privacidade, Isabela não confirma a relação, mas admite que são muito próximos.
– Ter crescido numa aldeia alentejana despertou-lhe o desejo de ser atriz para poder sair e conhecer o mundo?
Isabela Valadeiro – Talvez. A motivação cresceu também pelo facto de ter começado a fazer teatro muito pequena. E claro que estar numa aldeia e perceber que havia muito para lá do que podia ver me deu vontade de sair e descobrir outros meios, nomeadamente o do teatro e o da televisão. Sim, tive sempre vontade de conhecer o que estava para lá da aldeia.
– E foi fácil tomar a decisão de sair de lá aos 18 anos?
– Acho que hoje em dia isso é comum a muitos jovens. Já tinha esse objetivo definido, sabia que iria acontecer, por isso foi fácil, porque já tinha essa predisposição. Foi uma coisa muito natural. Quando chegou a altura de decidir qual seria o meu caminho, resolvi vir para Lisboa, para a Escola de Atores, embora ainda me tenha inscrito na Faculdade de Letras. Mas ser atriz era o meu plano A, e ainda bem que o segui firmemente. Claro que deixar os meus pais e o meu irmão foi difícil, mas habituámo-nos e eu sei que eles estarão lá sempre para mim.
– Mas o colo dos pais faz sempre falta…
– Claro, mas também criei grandes amizades em Lisboa, que me ajudaram a lidar com isso. Hoje em dia vivo com amigos e passei a ter o colinho deles. Isso também foi fundamental para que eu estivesse sempre bem. Claro que não há igual ao colo dos pais e até acredito que eles tenham sofrido mais do que eu.
– E assim que terminou o curso de atores começou a trabalhar?
– Sim, três anos depois de ter chegado a Lisboa entrei para o elenco de A Herdeira e foi fantástico.
