
Paulo Miguel Martins
Diana de Cadaval sempre foi fascinada por histórias de amor. Com os anos, a ingenuidade da infância deu lugar a um querer saber mais sobre os protagonistas dos amores que lia nos livros ou via no cinema. E foi esta curiosidade que a levou a escrever Amor e Poder – De Cleópatra a Grace Kelly, 10 Grandes Histórias de Amor. Tal como aconteceu nos seus primeiros três romances, neste que já é o seu quinto livro a duquesa de Cadaval continua a apresentar aos leitores grandes figuras reais. Contudo, desta vez a ficção foi trocada pela verdade, não comprometendo em nada o ritmo e a carga emocional da narrativa, até porque, como explica na introdução da obra, “muitas vezes a realidade supera em muito a ficção – no caso do amor, tenho a certeza de que é a mais absoluta verdade”.
Numa manhã passada no colorido e vibrante Mercado de Cascais, Diana de Cadaval, de 40 anos, falou-nos da história de amor que vive com o príncipe Charles-Philippe d’Orléans, com quem se casou em junho de 2008 e de quem tem uma filha, Isabelle, de sete anos, frisando que o “foram felizes para sempre” só se atinge aceitando o outro tal como ele é e ultrapassando juntos os desafios do dia a dia.
– Sempre gostou de histórias de amor?
Diana de Cadaval – Sim, e gosto de escrever histórias de amor. Com este livro quis fazer uma viagem pelo tempo, daí ter começado na Cleópatra e ter acabado na Grace Kelly. É um relato mais histórico e menos romanceado. São dez casais que retratam também dez épocas muito distintas, mas todos os relatos giram à volta do amor e do poder. Além disso, quis explorar vários tipos de amores. Há o amor não correspondido de Catarina de Bragança e Carlos II de Inglaterra, o amor idílico de Grace Kelly e Rainier III do Mónaco, o amor tempestuoso de Carlota Joaquina e D. João VI de Portugal, entre tantos outros.
– E também sempre sonhou em viver a sua própria história de amor?
– O amor é o elemento fundamental das nossas vidas e acho que isso é verdade para qualquer pessoa. Uma vida sem amor acaba numa grande solidão. Todos precisamos de amar. Podemos viver um amor cúmplice, um amor entre marido e mulher, entre mãe e filha… Há muitas formas de amar.