O final da tarde desta segunda-feira, 15 de abril, revelou-se desastroso não só para a história de Paris, como para a história de todo o mundo. A Catedral de Notre-Dame, um dos ícones europeus mais visitados por turistas de todo o mundo, ficou praticamente destruída pelas chamas de um incêndio cujas causas ainda estão por apurar. “Vamos reconstruir Notre-Dame, porque é o que os franceses esperam. Porque é o que a nossa história merece. Porque é o nosso destino profundo”, disse o presidente francês, Emmanuel Macron ainda o fogo não estava controlado.
Com o objetivo de voltar a dar à Notre Dame a grandiosidade que merece, Anne Hidalgo, presidente da Câmara Municipal de Paris ofereceu o edifício municipal para que nele se reúnem mecenas interessados em apoiar a reconstrução da catedral, anunciando ainda que a Câmara vai contribuir com 80 milhões de euros para a reconstrução.
À medida que as horas vão passando, também vão aparecendo cada vez mais interessados em oferecer dinheiro para ajudar no processo de restauro do símbolo parisiense. François-Henri Pinault, dono de marcas como a Gucci e Yves Saint Laurent já anunciou que vai avançar com 100 milhões de euros, ao passo que Bernard Arnault, o maior acionista do grupo LVMH, que detém as marcas Louis Vuitton, Dior, Bvlgari e Marc Jacobs, garantiu que a Notre-Dame pode contar com 200 milhões de euros apenas da sua parte.
Ao nível político o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, instou os estados-membros da União Europeia a unirem-se numa campanha de apoio à catedral francesa. “De Estrasburgo, a capital francesa da União Europeia, apelo aos 28 Estados-membros para assumirem um lugar nesta missão”. Também o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, defendeu que os deputados deviam dar um sinal de que estão com Paris e com a Europa neste momento difícil. “Vamos pôr uma caixa no exterior do plenário, podemos pôr o que ganhamos hoje, para enviar uma mensagem de solidariedade. Conto convosco. Penso que essa mensagem do Parlamento Europeu vai fazer bem à França, aos franceses e a todos os europeus”, conclui o presidente.
De forma espontânea e através de plataformas digitais de crowdfunding, muitos europeus já se juntaram para darem o seu contributo. Menos de 24 horas depois de as chamas consumirem a Notre-Dame, o site ‘Dartagnans’ já angariou mais de 40 mil euros através da campanha ‘Notre-Dame de Paris, je t’aime!’. O ‘Leetchi’, outra plataforma para recolha de fundos, já conseguiu mais de 20 mil euros.