Assim que pegou pela primeira vez ao colo a filha, Beatriz, agora com quase dois anos, Mickael Carreira diz que sentiu de imediato que a vida ganhara outro sentido. Soube que a partir daí todas as suas decisões seriam também pensadas em função dela e do seu bem-estar. Por isso foi sem hesitação, mas com um grande sentido de responsabilidade, que escreveu uma canção dedicada à filha, O Teu Lugar.
Foi sobre este seu novo projeto, mas especialmente sobre amor – por Beatriz e pela companheira, Laura Figueiredo –, que a CARAS conversou com o artista.
– Quando se escreve uma canção para um filho, não deve faltar inspiração…
Mickael Carreira – É verdade, a Beatriz acabou por ser uma nova e grande fonte de inspiração. Já queria fazer uma música para ela há algum tempo, escrevi algumas até chegar à final, porque desejava algo que fosse amor à primeira vista. Gosto de perder algum tempo na parte da composição e, ao contrário do que se possa pensar, não foi assim tão fácil, porque sinto o peso da responsabilidade.
– Como é que acontece o processo criativo, como surge a inspiração?
– Em qualquer momento. Esta música, por exemplo, começou pelo refrão e só depois surgiu o resto da letra. Não tenho um momento ou uma hora certa para compor, nem um método, vai surgindo nas pequenas coisas. Quando escrevo, tento não impor barreiras, deixar as coisas fluir.
– Como é que a Beatriz reagiu quando ouviu a música pela primeira vez?
– Foi muito engraçado, porque ela ficou superatenta. Aliás, acho que gosta da música e que até percebeu que é para ela. Ela ainda não compreende muito bem quando me vê na televisão ou me ouve a cantar, mas em relação a esta música ficou tão quieta e atenta enquanto toquei e cantei que acho que percebeu o intuito.
– Poderá continuar os passos da família?
– [Risos.] Não sei, ainda é muito nova para se perceber, mas noto que gosta de música, já começa a cantarolar e quando gravámos o videoclipe da canção que lhe dediquei agarrou-se logo ao piano a tocar. Quem sabe… Acima de tudo, é uma menina cheia de luz.
– E é parecida com quem?
– Acho que fisicamente é parecida com a mãe, graças a Deus [risos], e a nível de personalidade acho que tem uma mistura dos dois. É muito extrovertida e divertida.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1227 da revista CARAS.
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