A “cozinha excecional” do Alma recebeu na cerimónia desta quarta feira, 21 de novembro, a segunda Estrela Michelin igualando-se assim ao Belcanto de José Avillez, até aqui o único restaurante português mercedor desta distinção.
O restaurante lisboeta de Henrique Sá Pessoa, inaugurado em 2005 já tinha uma estrela, recebida menos de um ano depois de começar a servir as primeiras refeições.
Em declarações à Agência Lusa, o chef português disse ter “noção que todos vamos sentir esse peso da responsabilidade e agora é encarar isso como uma motivação. Tivemos essa sorte de termos uma segunda estrela tão rapidamente e agora é aceitar isso como um desafio também para continuarmos a fazer o que fizemos até agora”
Sá Pessoa tinha a noção de ter sido visitado pelos “inspetores” do guia várias vezes e acredita que é sempre preciso ter do seu lado o fator sorte, mas “trabalhámos para isso, obviamente, acho que evoluímos muito, mas também tínhamos a noção de que podia ser cedo”.
A cerimónia que nesta quarta feira apresentou o Guia Michelin 2019 aconteceu em Lisboa e ficou marcada pela atribuição de uma estrela a três novos restaurantes portugueses. Em Sintra, o Midori é o primeiro restaurante luso-nipónico a entrar neste universo. Os outros dois galardoados estão em Bragança, G Pousada, e em Guimarães, A Cozinha.
O evento ficou marcado pela descentralização, sendo atribuídas novas distinções a cozinhas fora dos grandes centros urbanos portugueses, mas ficou a faltar o primeiro restaurante com a distinção máxima do guia, as três estrelas.
“É sempre triste quando não há esse reconhecimento, porque sei que todos trabalham no duro todos os anos para isso, mas infelizmente não é assim, e felizmente tive sorte este ano”, lamenta Sá Pessoa acrescentando que, em Portugal, o Belcanto de José Avillez merecia ter recebido a terceira estrela.