Durante toda a tarde, Vicente, que completa um ano no próximo dia 28, esteve quase sempre bem-disposto, sorrindo sempre que tinha a máquina fotográfica apontada para si. E quando começava a ficar aborrecido com as “poses”, Anabela cantava, recuperando de imediato o sorriso deste manequim de palmo e meio. De facto, Vicente adquiriu o estatuto de fã n.º 1 da mãe, que ao longo deste ano decidiu dedicar-se quase em exclusivo à maternidade. Os concertos e os aplausos foram trocados por mimos e pelas rotinas de um bebé, uma escolha que deixou a cantora, de 42 anos, mais feliz do que nunca.
Neste palco de afetos, há ainda espaço para outro protagonista: o administrador Vítor Esteves, que se tem revelado o marido e o pai ideal, como contou Anabela durante uma conversa sincera e cheia de ternura.
– Este foi um ano muito diferente para si. A maternidade tem sido uma boa aventura?
Anabela – Sim, sem dúvida. Foi um ano muito feliz. Agora que tenho o Vicente, sinto que estou a atravessar a melhor fase da minha vida. Estou a aprender muito sobre o mundo e sobre mim. Mas, acima de tudo, sinto uma grande alegria. Está a ser muito mais do que aquilo que pedi. O Vicente é um bebé muito meigo, simpático, acorda a rir… Desde que fui mãe, tenho uma vida com mais significado. Também tenho um dia a dia muito mais preenchido, e tudo passou a ser planeado em função do Vicente.
– Sente que nestes primeiros anos de vida de um filho uma mulher corre o risco de se anular e de passar a ser só mãe?
– Curiosamente, senti necessidade de assumir o papel de mãe a 100% e de viver este momento com muita intensidade. Neste primeiro ano do meu filho, quis ser só mãe. Fiz alguns trabalhos muito pontuais, mas o meu foco não era esse. Não me apetecia pensar na minha carreira, porque só queria estar com o meu filho. A maternidade é muito absorvente, por isso nem sequer havia espaço para pensar noutra coisa. Só regressei ao trabalho há um mês e meio. E agora, sim, quero trabalhar. Claro que irei continuar a ter muito tempo para o meu filho, pois não abdico disso.
– Mas mesmo alguns dos seus projetos profissionais estão relacionados com a maternidade…
– Sim. Já há algum tempo que estou a trabalhar num projeto que, no fundo, é uma homenagem ao Vicente. É um trabalho muito voltado para o universo infantil. Mesmo antes de ser mãe, já queria fazer um disco para este público, até porque tenho feito muitas dobragens de desenhos animados. A minha voz sempre esteve ligada a esse imaginário. E agora canto para o meu filho e sinto mesmo vontade de criar algo para ele. Irei começar a gravar e vou lançar o primeiro single, A Balada das Estrelas, no início de novembro. Além disso, vou voltar a trabalhar com o Filipe La Féria. Vamos começar a ensaiar um espetáculo sobre a Severa em novembro.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1210 da revista CARAS.
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