Depois de Andreia Rodrigues ter confessado que sofreu dois abortos espontâneos antes do nascimento da sua filha Alice, de três meses, a apresentadora de televisão deixou alguns conselhos importantes. Com isto, a apresentadora revela algumas das frases que nunca se devem dizer, de forma a evitar sofrimento a outras mulheres que podem estar a passar por situação semelhante.
Andreia conta ter aprendido a ter mais cuidado com as palavras, “primeiro porque não temos de exercer pressão sobre a vida dos outros e depois porque não sabemos o que o outro está a viver”. “‘Estás com cara de grávida’, ‘Quando é que tens um bebé?’, ‘Não queres ter filhos?’”, foram algumas das frases que ouviu e que considera que “são comentários apenas para fazer conversa, bem intencionados, mas não deixam de nos magoar quando vivemos algo assim, uma dor que é nossa e só nós a entendemos”.
Recorda também comentários de pessoas que considera egocêntricas, “de quem não vê além do seu umbigo e prefere maldizer porque é conveniente. Ouvi ambos, alguns deles durante o processo de perda. As palavras dos outros são, muitas vezes, como vidros que nos entram no corpo, que nos rasgam a pele, que nos ferem”.
A mulher de Daniel Oliveira defende ainda a importância de fazer o luto daquilo que foi imaginado, sonhado, “do que vimos acontecer no futuro que sonhámos, do coração que ouvimos bater pela primeira vez…um luto que não se veste de preto mas nos invade e nos deixa às escuras, mesmo que por instantes”.
Passado esse tempo é essencial seguir em frente e ter confiança no futuro. Na sua longa partilha, Andreia Rodrigues sublinha a importância de manter a esperança, com enfoque naquilo que faz bem. “Concentrei as minhas energias de forma positiva e canalizei-as para o que era importante, centrei-me nos meus, na vida, no trabalho, no meu casamento, no amor e aproveitei ao máximo o tempo que a vida me deu”, afirma.
Depois desta longa caminhada, a notícia da chegada de Alice foi recebida com alegria e alguma contenção. Hoje, quase quatro meses depois do seu nascimento, Andreia Rodrigues confessa que nos momentos em que “os nossos olhos se encontram e ela me sorri, percebo que tinha de viver o que vivi para a Alice fazer parte das nossas vidas. Tinha de ser ela. Estávamos guardadas uma para a outra. Ela nasceu e eu nasci também! Nascemos para uma nova vida”.