
Reuters
Winnie Madikizela-Mandela faleceu aos 81 anos, após uma vida plena de desafios. Intimamente ligada à luta contra o apartheid na África do Sul, foi ativista e figura de referência no seio do Congresso Nacional Africano, que está no poder naquele país desde as primeiras eleições democráticas, em 1994.
Conhecida como “mãe da nação”, casou com Nelson Mandela em 1956. Acompanhou-o durante os 26 anos em que esteve preso em Robben Island. Foi impedida de trabalhar e de se unir às lutas sociais por ordens judiciais e chegou a ser detida em 1969, tendo passado 17 meses na cadeia e, depois de 1970, algum tempo em prisão domiciliária. Divorciaram-se em 1996, quatro anos depois de Mandela se tornar no primeiro presidente negro sul-africano. Em 2001 foi declarada culpada por dezenas de acusações de fraude e roubo e absolvida dos cinco anos de prisão efetiva a que foi condenada.
Tornou-se célebre por ter afirmado que “sem mim, Mandela não teria existido”. Já em 2014 agiu judicialmente na sequência de sido excluída da herança de Madiba, desaparecido em dezembro de 2013. Avaliada em três milhões de euros, a herança foi repartida pela família, que inclui a última mulher, Graça Mandela e os seus filhos, colaboradores, instituições e o próprio Congresso Nacional Africano (ANC).