Mateus Solano, de 36 anos, viveu parte da sua infância e adolescência em Portugal, altura em que o seu pai serviu como diplomata no nosso país, mas desde então não tinha voltado a pisar solo nacional. Por isso, assim que aterrou no aeroporto de Lisboa – no dia em que nos encontrámos com ele, no Hotel Iberostar – sentiu que estava em casa.
No Brasil ficou a mulher, Paula Braun, e os filhos de ambos, Flora, de sete anos, e Benjamin, de dois, que em breve talvez façam a sua primeira visita a Portugal, para ver Mateus na peça Selfie, que está em cena no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, até dia 18. Este espetáculo, em que também participa Miguel Thiré, segue depois para o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, onde estará em palco de 22 a 25.
– É a primeira vez que vai estrear uma peça no nosso país. Tem alguma expectativa?
Mateus Solano – É um grande prazer, mas não tenho muitas expectativas, porque eu sou assim mesmo. Só quando aterrei percebi que estava em Portugal para fazer uma peça. Sei que vai chegar às pessoas e diverti-las muito. Confio muito nesta peça e sei que irá agradar, mas é sempre um mistério.
– Viveu aqui em criança. É emocionante regressar?
– Muito mesmo, está a ser muito emotivo. Vivi aqui em pequeno, o meu pai serviu aqui como diplomata por três vezes e eu vinha cá muito visitá-lo, e por isso tenho muitas memórias de infância e depois da adolescência. Tenho amigos que moram aqui… Esta é a primeira vez que venho não só com uma peça, mas também que visito o país em idade adulta. Sei que irei desfrutar bastante, mas também reviver algumas das minhas recordações.
– Aterrou há poucas horas e com certeza ainda não deu para passear. Mas nota diferenças entre a Lisboa que conheceu e a de agora?
– A diferença é muito mais no meu olhar do que na Lisboa em si. Antes eu tinha o olhar de uma criança e agora o de um adulto de 36 anos. Certamente o meu olhar mudou mais do que a cidade, mas oiço falar maravilhas de Portugal, de Lisboa e do Porto.
– Vai ficar cá quase um mês. Como é que lida com as saudades de casa?
– É muito chato, mas faz parte. É uma profissão sem muitas rotinas, mas acho que isso também é estimulante para uma família. Penso que uma das grandes questões do ser humano é a inércia, por isso acho importante sermos obrigados a ‘chocalhar’ não só em saudades – que são um bom tempero para um relacionamento –, mas também em aprender a lidar com a falta. E talvez eles me façam uma visita quando estivermos com a peça no Porto.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1179 da revista CARAS.
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