“Estou intimamente ligado ao Porto. Enraizado. Nasci e cresci no Porto e espero morrer no Porto, aqui, junto ao mar da Foz”, disse Miguel Veiga ao Expresso em novembro de 2014. E assim foi. O advogado e membro fundador do PPD/PSD morreu na manhã do passado dia 14, aos 80 anos, no ‘seu’ Porto. Filho único, sobrinho único e neto único, nasceu a 30 de junho de 1936 no seio de uma família abastada. Os pais, que o educaram com liberdade, eram os seus ídolos e não lhes poupava elogios. “Não acredito no post mortem. A extinção não me atormenta. Só gostaria de acreditar nalguma coisa que após a morte me fizesse reencontrar os meus pais. (…) Penso nos meus pais todos os dias, porque tive os melhores pais do mundo. Adorava-os. A infância foi uma idade de ouro. Fui o mais feliz que uma criança pode ser. E essa criança continua dentro de mim”, pode ler-se na mesma entrevista.
Miguel Veiga era um homem de afetos e isso percebia-se quando falava na mulher, Belicha, com quem estava casado há mais de 30 anos. “É encantadora e tem a suprema qualidade de me saber aturar. Não sou fácil: fui filho único, estou mal habituado. O meu primeiro casamento durou três anos. E depois estive vinte e tal anos solteiro até casar com ela. Os vícios e defeitos ganharam raízes. É este animal que ela tem que gerir. (…) Ela não restringe a minha liberdade. Vai dando as explicações dela: diz que não fecho bem a caixa, tudo coisas ternurentas. É uma descompressão grande. Ela percebeu que eu não era domesticável. Mas sabe domesticar-me sem eu notar”, confessou à Visão em julho de 2006. Acima da política, estava também a amizade, que caracterizou nessa mesma entrevista como “o lugar da terra onde mais gosto de viver”. Do seu círculo de amigos destacam-se Artur Santos Silva e Francisco Pinto Balsemão, que começou o extenso e emotivo obituário que lhe dedicou no Expresso com a frase: “Morreu o meu amigo Miguel.”
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Miguel Luís Kolback da Veiga, de seu nome completo, era um respeitado advogado e foi também, durante 25 anos, administrador não-executivo do grupo liderado por Pinto Balsemão. Em 2015, recebeu das mãos de Rui Moreira a mais alta distinção do Porto, a Medalha de Honra da Cidade. Anos antes, tinha sido agraciado com a Grande Oficial da Ordem da Liberdade. A autarquia portuense já decretou três dias de luto municipal.
Miguel Veiga morre no ‘seu’ Porto, de cancro, aos 80 anos
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