Familiares e amigos – muitos dos quais são os principais rostos da comunicação social em Portugal – despediram-se, na última sexta-feira, de Emídio Rangel, que morreu no passado dia 13, aos 66 anos, vítima de cancro da bexiga. O antigo diretor da SIC e da RTP foi recordado com muito carinho por todos os que fizeram questão de estar presentes no velório e na missa de corpo presente, na Basílica da Estrela.
José Alberto Carvalho, que leu um texto sobre Rangel que emocionou todos os presentes, estava visivelmente abalado pela morte daquele que foi um mestre para os jornalistas da sua geração: “Vou recordá-lo como a pessoa mais importante da minha vida adulta. O Emídio deixa, sobretudo, projetos loucos, em que acreditava e em que fazia os outros acreditar. Fez do jornalismo um sítio melhor do que a política, do que uma parte da gestão, do que uma parte da sociedade portuguesa. Deu mais liberdade às pessoas.”
Atual diretor-adjunto de programação da CMTV, Francisco Penim, que também trabalhou com Rangel na SIC, desabafou: “Ainda não caí em mim e é muito difícil aceitar, porque o Emídio foi e é muito importante para mim. Foi alguém que me deu uma oportunidade única, como o fez a muitas das pessoas que aqui estão hoje. Ele era um espelho bom, que nos dava desafios e caminhos para a frente. Era impossível não fazermos tudo por ele.”
Cândida Pinto referiu igualmente as qualidades de Rangel: “Ele fazia-nos superar as nossas capacidades. Acho que mudou o panorama audiovisual português, quer com a TSF quer com a SIC. Portanto, ficamos todos mais pobres, porque ele teve uma missão fundamental para o que é hoje a comunicação social portuguesa.”
Funeral de Emídio Rangel: Jornalistas despedem-se de um dos seus mestres
O diretor da SIC e da RTP morreu no passado dia 13 de agosto, vítima de doença prolongada.