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Dominique Strauss-Kahn vai ser julgado em tribunal penal por “proxenetismo agravado em reunião”.
O ex-director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 64 anos, foi apanhado em 2012 no meio de uma grande investigação sobre proxenetismo em Lille, quando Strauss-Kahn participava em festas privadas com prostitutas, em Paris e Washington. Uma dessas festas ocorreu a 12 de Maio de 2011, dois dias antes de ter sido preso pela polícia de Nova Iorque, na sequência da acusação de violação pela empregada de quarto do Hotel Sofitel, Nafissatou Diallo.
O caso não parece ser linear e a justiça tem interepretações diferentes. Em Junho o procurador Frédéric Fèvre, do Ministério Público de Lille, tinha pedido que o caso contra Dominique Strauss-Kahn fosse arquivado com base nas declarações da defesa. Strauss-Kahn, ou DSK, afimrou que julgava estaar a participar em festas libertinas, e nunca pensou que estava com profissionais do sexo remuneradas.
A interpretação dos juízes de instrução do processo, Stéphanie Ausbart e Mathieu Vignau, é diferente e consideram uma definição mais lata de proxenetismo, para além do sentido comum de beneficiar financeiramente da prostituição de outra pessoa. “Em direito penal, a infracção de proxenetismo excede largamente esta acepção comum”, afirmou a juíza Ausbart ao Le Monde em Dezembro de 2012. É com base nessa visão mais lata de proxenetismo que DSK foi acusado.
Se for condenado, DSK fica sujeito a dez anos de prisão e uma multa que pode ir a 1,5 milhões de euros, de acordo com o Le Figaro.