Natural de Castelo de Paiva, mudou-se para o Porto para estudar no CITEN, formação que culminou com um estágio no Comité de Coordination des Industries de la Mode Masculine, em Paris. No regresso a Portugal, Fernando Nunes enveredou pelo ensino e durante 20 anos lecionou Design de Moda na GUDI, atual Escola de Moda do Porto. Ensinar é um dos seus maiores prazeres, mas nos últimos seis anos dedicou-se em exclusivo à criação da coleção masculina da Lion of Porches, uma marca nacional de inspiração britânica com forte presença no estrangeiro.
Homem de paixões, Fernando Nunes tem na filha, Leonor, de 17
anos, a sua companheira de todos os momentos. Nos tempos livres, o estilista
gosta de reunir os amigos em casa e cozinhar para todos.
O FILME: “Pátio das Cantigas”
Realizado em 1942, este filme de Francisco Ribeiro consegue
fazer-me rir sempre que o vejo, e já conto umas centenas de vezes. A cena em
que o Vasco Santana pede lume a um candeeiro e a fantástica
representação do António Silva no papel de Evaristo são inesquecíveis.
O LIVRO: “Uma Casa no Fim do Mundo”
Neste livro, o Prémio Pulitzer Michael Cunning
ham trata temas
polémicos nas relações entre as pessoas e comportamentos menos comuns.
A MÚSICA: “That’s What Friends Are For”Emociono-me sempre que ouço a Dionne Warwick cantar este tema
com o Stevie Wonder, a Whitney Houston e o Luther Vandross.
O CONCERTO: Carl Hancock Rux
Vi-o na Sala 2
da Casa da Música e marcou-me porque toda a gente se levantou para dançar. Foi
o
único concerto a que assisti em que tive a sensação de que toda a gente se
conhecia. No final, a festa continuou numa sessão de autógrafos com o Carl,
os músicos e os coristas.
A VIAGEM: Sul de França
A viagem de carro que fiz pelo sul de França, nos anos 90, continua a ser
uma referência. O chique de Cannes e Nice, o glamour de Saint-Tropez e a
descontração de Juan-les-Pins foram condimentos essenciais para umas férias
inesquecíveis, com muito bom tempo e excelente companhia.
O MUSEU: Gare d’Orsay
Originalmente uma estação ferroviária, foi transformada em museu em 1977. Destaco
o requinte e o charme do edifício, assim como a coleção permanente que conta
com obras de Van Gogh, Monet e Degas. Em Nova Iorque,
elejo o Museu Guggenheim, pela sua arquitetura.