Em abril de 2001, Lili Caneças surpreendeu o país com os resultados de um peeling que lhe renovou a pele do rosto. Mais tarde, fez um lifting combinado com uma blefaroplastia para corrigir as rugas dos lábios e das pálpebras. Agora, a socialite decidiu voltar a colocar a sua imagem nas mãos de cirurgiões plásticos, para eliminar as rugas do pescoço, que, na sua opinião, “está horrível e não combina com a pele da cara”. Dias antes de entrar numa das clínicas da Corporación Dermoestética em Portugal, Lili Caneças assegurou à CARAS que esta deverá ser a última cirurgia estética a que se submeterá.
– Há sempre um risco associado às cirurgias. Já estipulou um limite para se submeter a este tipo de intervenção com fins estéticos?
Lili Caneças – Sim, acho que esta será a última. É uma operação muito minuciosa, que vai durar duas horas, com anestesia geral. Já levei muitas anestesias, portanto, possivelmente não farei mais nada. Comecei aos 57 anos e acabo aos 67. Acho que é uma boa idade para acabar. Depois, vou arranjar um namorado, vou-me casar – porque nunca me casei pela igreja – e dou o exclusivo à CARAS! [risos]
– Porque decidiu desta vez fazer a intervenção em Portugal?
– Só não o fiz da primeira vez porque ninguém faz um peeling daqueles em Portugal, enquanto os grandes cirurgiões da Corporación que trabalham em Espanha têm muita prática. Em Portugal ainda há a mania de que ter rugas é fantástico, que cada ruga é uma história de vida. Eu não acho nada disso. Se temos cabelos brancos e os pintamos, se os dentes ficam podres e os tratamos, por que é que não havemos de tratar da pele? Podemos envelhecer com dignidade, que é o que eu pretendo fazer. No Brasil, fazer cirurgias plásticas é absolutamente normal, faz parte do processo de envelhecimento, as pessoas cuidam da sua imagem. Veem a Fernanda Montenegro com a pele assim? Vêm as grandes divas do teatro brasileiro com a pele assim? Não! Se a esperança média de vida das mulheres em Portugal é de 85 anos, ao menos que se envelheça com qualidade! Porque se não forem ultrapassados certos obstáculos, a velhice é uma visão do inferno!
– A sua rubrica no programa da manhã da TVI terminou recentemente. Foi surpreendida com esta decisão?
– Fomos para o olho da rua e acho que o fizeram com muito pouca dignidade, sem qualquer espécie de carinho, ternura ou atenção. Durante os seis anos em que trabalhei na TVI – a recibos verdes – sempre vesti a camisola e não faltei uma única semana. Sempre demos imensa audiência ao programa e estava à espera que me dissessem que eu estava a ser mal aproveitada. Mas não, chamaram-me a um escritório e foi uma senhora que eu só tinha visto uma vez que me disse que a TVI estava a fazer contenção de custos e que a partir de janeiro a rubrica deixava de existir. A verdade é que eu já nem conheço as pessoas que lá trabalham… Agora estou entre os 700 mil desempregados de Portugal, com 67 anos e sem ter direito à reforma.
– O tempo que trabalhou como hospedeira da TAP não lhe garantiu o direito à reforma?
– Não. Ainda cheguei a fazer descontos, mas pouco depois casei-me e, para ter direito à reforma, teria de ter feito descontos durante 15 anos consecutivos. No meu caso, não tenho direito a nada.
– Não é assustador pensar que não irá receber nada?
– Nada. Eu já estava à espera, por isso, poupei muito e agora posso dar-me ao luxo de viver dos poucos rendimentos que tenho. A casa onde vivo é minha, o carro onde ando é meu, e não tenho grandes despesas. Ao contrário do nosso presidente, Cavaco Silva, consigo viver com cerca de 1500 euros por mês, pois é esse o valor das minhas despesas fixas.
– Estipula para si própria uma mensalidade que tenta não ultrapassar?
– Exatamente, foi assim que fui educada. Eu vivi no tempo do Salazar, em que todos nós éramos ensinados a poupar. Fomos educados a viver sem extravagâncias, portanto habituei-me a ter uma vida regrada, ao contrário dos meus filhos, que tiveram uma educação completamente diferente da minha e achavam que todas as crianças tinham motorista e piscina em casa!
– Nunca pediu um empréstimo ao banco?
– Nunca. Paguei a pronto todos os carros que comprei na minha vida.
– E a casa?
– É minha.
– Foi comprada a pronto?
– Sim, antes do meu divórcio [risos]. Já fiquei duas vezes com a conta a zeros: primeiro com o meu divórcio e, mais tarde, com o crash da bolsa, em que perdi tudo o que tinha investido. Depois quis contrariar o ‘não há duas sem três’ e, desde que comecei na SIC como comentadora do Bar da TV, poupei dinheiro até à exaustão. Agora, se não formos à bancarrota – que eu estou convencida de que vamos – estou tranquila durante um tempo. Se alguma coisa correr mal, não deverá ser por mea culpa, mas sim por culpa do Estado português e da má gestão dos nossos políticos, banqueiros e elites empresariais, que, rigorosamente, não prestam para nada. Se não houver essas oscilações e correr tudo bem, estou tranquila até aos 80 anos. Vivo sem grandes extravagâncias – ou sem extravagância nenhuma, porque hoje em dia o dinheiro nos bancos não rende quase nada em juros –, fazendo uma vida tranquila. Se passar muito dos 80 anos, já disse ao meu filho João que lhe vou pedir um pratinho de sopa!
– Desde que está desempregada, tem aproveitado para concretizar coisas que tinha deixado por fazer, como a microcirurgia ocular?
– Exatamente. Já tinha consultado seis ou sete oftalmologistas, mas, infelizmente, nenhum deles me inspirou confiança. Conheço muitas pessoas que foram operadas e não houve ninguém que me dissesse que tinha corrido bem, exceto o Luís Ferreira, dono do hotel The Vine. Eu usava óculos ou lentes de contacto há, pelo menos, 12 anos, porque não via rigorosamente nada. Não podia ir a sítios com fumo ou pó, como casas de fado ou corridas de touro, porque ficava aflita dos olhos. Além disso, já tinha cataratas. O Luís Ferreira disse-me que tinha recuperado cem por cento da visão e falou-me do Dr. Luís Cardoso, do Instituto de Microcirurgia Ocular, em Lisboa. Como tinham convenção com a Médis – a quem pago uma barbaridade mensalmente há mais de 20 anos –, acabei por avançar para a operação, primeiro ao olho direito, depois ao esquerdo, e fiquei num delírio, porque comecei a ver tudo, a ler sem óculos, que era uma coisa que já não acreditava ser possível. Agora estou num estado de euforia que não há nada que me deite abaixo!
Lili Caneças admite: “A velhice é uma visão do inferno”
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