Nadir Afonso viu a sua vida e obra revista em filme, em livro e numa exposição fotográfica, pelo realizador Jorge Campos, o escritor Agostinho Santos e a fotógrafa Olívia da Silva, respetivamente. Uma homenagem prestada pelo Teatro Nacional de São João e que contou com a presença do pintor, arquiteto e ensaísta nascido em Trás-os-Montes há 91 anos.
A viver durante o inverno em Cascais, para evitar o frio transmontano, o mestre deslocou-se ao Porto na companhia da sua terceira mulher, Laura Afonso, de 52 anos, e dos dois filhos do casal, Artur, de 29 anos, e Augusto, de 22. Na ocasião, a companheira do artista nos últimos 31 anos referiu à CARAS: “Ficámos muito satisfeitos com esta homenagem. É o reconhecimento de uma vida dedicada ao trabalho.”
Autodescrevendo-se como “socialmente inadaptado”, Nadir Afonso referiu: “Tudo isto se passa num meio que não é o meu. Sou um atrasado mental nas relações sociais. Isto não faz parte das minhas competências, faz-me sentir estranho. Pergunto-me porque é que a minha pintura, que não tem nada a ver com isto, interessa às pessoas.”
Nadir Afonso homenageado no Porto
"Pergunto-me porque é que a minha pintura interessa às pessoas"