Sofia Escobar, de 27 anos, está apaixonada e é com um entusiasmo único que fala da sua recente relação com
Gonzalo Ramos, um ator espanhol que completa brevemente 22 anos. A interpretar a personagem Christine em
O Fantasma da Ópera, a cantora e atriz conheceu o seu atual namorado depois de este ter ido ver o famoso musical. O interesse foi mútuo e imediato.
Realizada tanto no plano pessoal como profissional – a artista será, pelo menos até setembro de 2012, a protagonista deste espetáculo londrino -, Sofia sente que está a concretizar todos os seus sonhos, mesmo aqueles que poucos ousam ter, como construir uma carreira internacional de sucesso. A par da sua prestação em musicais, Sofia também já se aventurou em concertos durante o verão com
Celebrando Andrew Lloyd Webber, um espetáculo que integrou o programa do Allgarve, em Vale do Lobo.
– Assumiu há dias o seu namoro com Gonzalo Ramos. Como é que se apaixonaram?
Sofia Escobar – O Gonzalo veio ver
O Fantasma da Ópera e conhecemo-nos na porta dos artistas, quando ele me veio dar os parabéns. Depois, curiosamente, começámos a falar através da rede social
Twitter e foi desde o início algo muito especial e extremamente intenso.
– Como é que está a encarar esta nova relação?
– Estamos muito felizes e a viver em pleno uma fase fantástica! Já não tinha uma relação há muito tempo, precisamente por acreditar que teria de conhecer alguém muito especial para me apaixonar. Com o Gonzalo senti logo, desde o primeiro dia, que havia entre nós algo de muito diferente, muito mágico.
– O Gonzalo vive em Madrid, a Sofia em Londres… Como é que estão a pensar gerir uma relação à distância?
– Vemo-nos com muita frequência, não sinto que seja uma relação à distância, apesar de na realidade vivermos em países diferentes. O máximo de tempo que estamos sem nos vermos são mais ou menos duas semanas.
– Se no plano pessoal está realizada, o mesmo se pode dizer a nível profissional, com a renovação do seu contrato em ‘O Fantasma da Ópera’. É uma pessoa ambiciosa?
– Sempre sonhei muito alto e fui bastante criticada por isso. É óbvio que quando fui estudar para Londres comecei logo a imaginar-me a atuar em grandes palcos, e na verdade já consegui fazê-lo! Se acreditarmos em nós próprios e trabalharmos muito, os nossos sonhos realizam-se.
– A sua vida em Londres já é muito mais do que trabalho…
– Sim. A partir de uma determinada altura comecei a construir uma vida paralela. Quando estou em Portugal também já sinto saudades da minha vida de lá. Fui para Londres estudar e o grande objetivo era acabar o curso e regressar a Portugal com uma bagagem de vida maior. Crescemos muito quando não temos a família ao nosso lado, porque temos de nos desenvencilhar sozinhos. Também passei por dificuldades financeiras… Por isso, quando subo ao palco, dou graças por tudo o que me aconteceu.
– Não se cansa de interpretar todos os dias o mesmo papel, as mesmas cenas?
– Não. A Christine é uma personagem de sonho que qualquer soprano gostava de fazer. Por isso, não me canso. O meu objetivo pessoal é conseguir melhorar em cada espetáculo. Mesmo na relação com os outros atores, encontramos sempre coisas novas nas personagens. O truque nestes contratos mais longos é não deixar o nosso papel cair no piloto automático.
– Desde a adolescência que o seu percurso passa pelo teatro e pelo canto. Ser artista era, de facto, a única opção profissional na sua vida?
– Houve sempre opções, mas percebi que se não seguisse o caminho artístico seria uma pessoa muito triste e frustrada. Tive sempre o apoio dos meus pais. Antes de eu perceber que poderia chegar a um nível elevado, já eles tinham confiança em mim. Quando as coisas não corriam tão bem, ligava para casa e eles nunca me deixaram desistir, sempre me motivaram.
– Agora, que já está em Londres há vários anos, é mais fácil lidar com as saudades da família e do país?
– Tenho sempre saudades! Sou muito ligada ao nosso país, à minha família e ao nosso calor humano. Gosto muito de estar em Londres, mas lá falta esse calor, que tento sempre levar comigo.
– O que é que mais a marcou, entre todas as coisas que aprendeu em Londres?
– Tanta coisa… Penso que em Londres percebi o verdadeiro sentido da disciplina. Adquiri uma nova capacidade de organização. Lá, tudo funciona de uma maneira fantástica. Os ensaios estão todos estipulados e do início ao fim tudo acontece como está marcado. Não há perdas de tempo.
– A par do musical, também deu este verão um concerto em Vale do Lobo e está a preparar o seu CD de estreia…
– É verdade. Surgiu a oportunidade de vir cantar músicas do
Andrew Lloyd Webber e tive todo o prazer em aceitar o convite. Depois, em relação ao CD, é outro sonho antigo que vou realizar. Estou neste momento na fase de conversações. É um projeto ainda muito verde, que vai ser desenvolvido nos próximos meses. Vai estar relacionado com o teatro musical e vai ter muito a ver comigo.