Dona de uma figura invejável aos 46 anos,
Cláudia Jacques vive uma fase de transformação e maturidade, para a qual também têm contribuído as duas filhas,
Mafalda, de 16 anos, e
Carolina, de 11. Divorciada de
Ricardo Trêpa, com quem já passou por várias separações e reconciliações, a relações-públicas do bar Fiéis, em Vilamoura, não põe de parte a hipótese de voltar a refazer a sua vida junto do neto de
Manoel de Oliveira, embora receie que a diferença de feitios possa ter ditado um fim irreversível para a relação.
– A Mafalda e a Carolina estão cada vez mais maduras. Como é agora a sua relação com elas?
– Outras dificuldades vão surgindo, pois com a idade elas também vão ganhando o seu próprio mundo e desenvolvendo a sua personalidade. Por isso, é natural que haja confrontos de ideias e formas de estar, até porque não quero invadir demasiado a personalidade e o espaço delas, mas também tenho de fazer o meu papel de mãe. É um trabalho que não surte logo efeitos, principalmente com a mais velha, que acredita que já sabe tudo.
– Com certeza que o final da sua relação com o Ricardo também teve algum efeito nelas…
– As separações entre mim e o Ricardo já foram bastantes, por isso, de alguma forma, elas já têm um mecanismo de aceitação e não ficam tão espantadas quanto isso. Como já nos conhecem bem, deixam essas questões à margem da nossa relação entre as três. Elas não opinam muito, não se manifestam.
– Mas voltou-se a dizer que se tinham reconciliado…
– Já houve muitas aproximações ao longo dos tempos, dos anos e pode dar-se o caso de acontecer novamente. Como em outras ocasiões, já disse que não e depois acabou por acontecer, agora prefiro não dizer nada e deixar as coisas fluir. Mas não estamos juntos e não estou a pensar nisso.
– Como é que a necessidade que têm de estar juntos não vos faz ultrapassar aquilo que vos separa?
– É realmente algo muito difícil de entender e complicado de lidar, mas acho que de alguma forma já arranjámos a nossa forma de perceber isto: muitas vezes não vale a pena esmiuçar demais e querer descobrir demasiados porquês. Já o fiz noutros tempos e acabei por perceber que não vale a pena. O amor é inexplicável, não há como manipular nem ser racional. O que tenho feito é tentado arranjar um ponto de equilíbrio para que esteja bem comigo mesma, independentemente da situação emocional que esteja a viver no momento. Isso para mim vale muito e não estou naquela fase de procurar nem forçar nada.
– Mas acredita que vão ficar juntos?
– Não faço ideia, não estou mesmo a pensar nisso. Se um dia ficarmos juntos é porque se calhar tivemos de passar por estas fases todas até lá chegarmos. Hoje em dia as relações são complicadas para a maioria das pessoas e temos de nos adaptar.