Filipa Valente transmite serenidade e confirma que esse é realmente o seu estado de espírito. Separada há sete meses de Simão Sabrosa, de quem tem dois filhos, Mariana, de dez anos, e Martim, de sete, a empresária está agora preocupada em seguir com a sua vida dedicando-se aos filhos, a si própria e, claro, ao trabalho de designer de interiores.
– Uma separação é sempre dolorosa, mas chega um momento em que a vida começa a fazer outro sentido. Que tipo de mulher se sente agora?
Filipa Valente – Já passaram sete meses, já tive tempo para fazer uma introspeção e para retirar o melhor de 12 anos. Já me organizei e defini novas metas. Acredito que há obstáculos e sofrimentos que nos são colocados para evoluirmos e crescermos. Não sou uma mulher muito diferente porque a minha essência será sempre a mesma, mas talvez esteja mais serena e tranquila.
– Quais as diferenças entre a mulher que era mãe e esposa e aquela que agora é mãe e trabalhadora?
– Tenho mais tempo para mim e para os meus. Já não tenho que dedicar tanto do meu tempo a outra pessoa, o que, saliento, fazia com muito agrado. Foi escolha minha e foi também com muito orgulho que estive a seu lado
– Sente-se mais independente?
– Nunca me senti dependente de ninguém a não ser em termos de afetos, de resto, sempre tive a segurança interior que resulta da minha formação e das minhas capacidades.
– Sei que o final da vossa relação foi pacífico. Os vossos filhos perceberam bem o que se passou?
– São muito pequenos, não há que dar muita informação e não é um assunto desconhecido para eles, já que conhecem vários amigos que têm os pais separados. Eles sabem que não é uma separação que muda o amor que os pais sentem por eles
– A Mariana já tem dez anos e parece ser muito atenta à moda. É influência da mãe?
– Acredito mais que é personalidade e sensibilidade dela. Talvez venha um pouco da minha maneira de ser, mas apenas cultivo o que sinto que vem dela. É a melhor companhia para viajar, explorar, ver uma exposição, porque tem sentido crítico e isso é uma forma de nos aproximarmos.
– E quanto ao Martim? Tem alguma queda para o futebol?
– Acho que não. Jogar futebol é uma forma de estar próximo do pai e passar bons momentos com ele, mas não o vejo jogador futuramente.
– Como organiza a vida de modo a estar presente nos momentos importantes?
– Dou prioridade ao mais importante da minha vida: os meus filhos. Depois, tenho a sorte de poder trabalhar em casa e em projetos que não implicam horários fixos. Finalmente, tenho a ajuda dos meus pais e de pessoas em quem confio.
– Sei que tem uma família em quem confia cegamente. Que valores quer passar aos seus filhos?
– Todos os que os meus pais me ensinaram. Sei que o maior valor que temos é a família. Os meus pais e o meu irmão são as minhas referências. Educação, ajuda ao próximo, honestidade e amizade fiel. Jamais perderei isto e os meus filhos crescerão rodeados destes valores.
– Deixou de acreditar no amor sem prazo?
– Conheço casamentos que duraram uma vida e não eram felizes, conheço casamentos que duraram pouco tempo e foram de cumplicidade exemplar. O meu foi um crescimento mútuo com muitos momentos que ficam para a vida, o menos bom é para deixar para trás. Nunca se pode deixar de acreditar no amor. Este assume tantas formas que, se deixarmos de acreditar nele, não vivemos. Estamos nesta vida por amor. Deus é amor e foi Ele que nos deu esse dom.
– Disse-me que o seu divórcio já saiu mas que ainda falta uma assinatura. Acha que o facto de estar legalmente divorciada lhe pode permitir outro tipo de vida?
– Para mim, divórcio é uma coisa meramente burocrática. O passo da separação entre duas pessoas é que conta e isso já aconteceu em dezembro e não há mais a falar, aliás, não sei porque continuam a falar disso. Cada um segue a sua vida a partir daí. E acho que não mudámos muito, somos as mesmas pessoas e não vou esquecer todos os momentos vitoriosos que tivemos nem perder ligações. Dou um exemplo: a irmã do Simão é como se fosse minha irmã e não faria sentido perder isso.
– Alguma vez sonhou com uma história de príncipes com final feliz, ou é mais realista do que isso?
– Dou muito mais valor ao presente. Do passado, limo arestas, e sobre o futuro não vale a pena criar expectativas porque estamos em constante mudança.
– Como reage às notícias sobre o seu envolvimento com o Jonathan?
– Não reajo. Já disse que não tenho de assumir nada. Talvez isso aconteça porque o Jonathan é o amigo que está mais perto de mim e com o qual me dou melhor, o que mais admiro, porque é uma pessoa fabulosa, muito bonita por fora e por dentro, e com quem tenho mais cumplicidade. Ah, e porque é homem [risos]! Também tenho amigas chegadas e ninguém fala disso [risos]. Talvez a imprensa me queira ver feliz e arranjar um namorado… [risos]
– Deixou-se fotografar com ele com o propósito de mostrar que tem direito a ter os amigos que quiser?
– Foi sem nenhum propósito. Temos o mesmo o grupo de amigos, um grupo muito coeso e verdadeiro que se defende. Gostamos muito de viver essa amizade, por isso é normal que estejamos juntos em várias situações. Até hoje disseram que evitava tirar fotos com ele para esconder algo. Agora que tirámos, quero ver o que dizem [risos]. Volto a repetir: não tenho que justificar nada a ninguém, mas, de facto, tenho os meus direitos e não admito que a imprensa os condicione.
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