Quase um ano e meio depois de
Madonna ter anunciado que a sua organização humanitária, Raising Malawi, investiria mais de 11 milhões de euros na construção de uma escola para raparigas no Malawi, não há qualquer rasto do edifício, tendo mesmo a cantora decidido parar o projeto. A informação foi dada na página
web da fundação Raising Malawi, onde a ‘rainha da
pop‘, de 52 anos, anunciou que já não iria construir apenas uma escola, mas sim muitas outras por todo o país, para que um maior número de estudantes tenha acesso à educação.
A notícia não foi bem recebida pelo Ministro da Educação do Malawi,
Peter Mutharika, que criticou a mudança de planos da intérprete sem consultar previamente o governo.
"Gostaríamos de saber o porquê da mudança de planos. Não sei quantas escolas vai construir, onde, nem durante quanto tempo. Até falarmos com ela não podemos dizer muito mais", afirmou ao jornal
The Guardian.
A única explicação de Madonna foi dada na sua página
web.
"Dei-me conta que, num país onde só 33% das raparigas vão à escola primária, os meus planos iniciais não teriam grande impacto. A minha visão está agora numa escala mais abrangente. Quero chegar a milhares de raparigas", esclareceu a intérprete de
Like a Virgin.

Quem também ficou descontente com a decisão da cantora foi a população de Chinnkhota, local onde iria ser construída a escola e onde já tinha sido inaugurado o projeto. Na altura, alguns habitantes tiveram que sair dos terrenos para dar lugar à nova escola e reclamam agora que lhes seja devolvida a terra.
Recorde-se que Madonna viajou pela primeira vez ao Malawi em 2006, onde encontrou um país devastado pela miséria e, comovida com a situação, decidiu adotar duas crianças,
David Banda, de quatro anos, e
Mercy James, de três.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.