Há já algum tempo que
Rita Mendes, de 33 anos, tinha o sonho de ser mãe. Quando, há dois anos, ficou grávida do namorado,
Roger Branco, de 30 anos, a felicidade foi total. Essa gravidez acabou por não evoluir e a
DJ perdeu a criança, separando-se em seguida do empresário. Quatro meses depois, o casal deu uma nova oportunidade à relação, mas a reconciliação não durou e, pouco antes de descobrir que estava outra vez grávida, Rita já estava novamente separada de Roger. Aos três meses de gestação, a
DJ e co-proprietária da empresa de eventos M2, conta como ambos ainda tentaram voltar a estar juntos após saberem que iam ser pais, e fala das suas expectativas para esta nova fase de vida.
– Este é um bebé muito desejado…
Rita Mendes – Sem dúvida. Tanto do meu lado como do pai, era algo que desejávamos há algum tempo. Sempre senti que queria uma família e ter filhos.
– Com o Roger terá então sentido uma maior certeza, pois esta já é a segunda gravidez…
– Acho que sim. O desejo era grande, a relação era estável sendo um pouco instável, embora sempre com a certeza de que queríamos estar juntos. Desde que sofri o aborto espontâneo, nunca mais tomei precauções que evitassem a gravidez, por isso, quando a Natureza assim o determinasse…
– Perante a concretização de um desejo que tanto queriam, o que correu mal na relação?
– Quando dizia que estava tudo bem, já não estava. Já em privado é difícil lidar com uma separação, quanto mais publicamente. Obviamente que não vou explicar as razões da separação, mas foram incontornáveis. Já tínhamos estado separados antes, mas nada teve que ver com a perda do bebé, antes pelo contrário. Quando voltei a engravidar agora, a verdade é que já estávamos separados. É a ironia da vida… Quando decidimos que realmente a nossa relação já não fazia sentido, soube que estava grávida.
– E isso aconteceu quanto tempo depois?
– Cerca de um mês.
– Presumo que essa ocasião tenha proporcionado um turbilhão de sentimentos…
– É verdade. Ainda chegámos a tentar estar juntos outra vez, durante duas semanas, mas já não dava mesmo, pois as razões da nossa separação mantinham-se. E dou esta entrevista porque acho que, enquanto figura pública, posso demonstrar que, apesar de esta ser uma situação muito complicada, é também o exemplo de que ninguém se deve submeter às ordens sociais porque é suposto ou porque tem receio de não conseguir avançar sozinha. Se a pessoa não está feliz, mais vale seguir a sua vida.
– Podiam ter decidido não levar esta gravidez avante…
– Como queríamos ser pais há algum tempo, decidimos que a gravidez iria evoluir, com o peso que isso teria.
– Como é que a sua família reagiu?
– Julgo que já estavam à espera, porque a nossa relação era um pouco como o vento. A minha família tem-me apoiado imenso e neste momento até estou a viver com a minha mãe e a minha irmã. Também não me quero armar em supermulher, sinto-me mais frágil, e das duas uma: ou estava com o meu companheiro ou, então, não estando, escuso de estar sozinha. Também tenho de referir que ele me acompanha nas coisas importantes da gravidez, porque acho que é um direito dele: vai comigo às ecografias, às consultas, e acho que deve ser assim. Temos de colocar de parte as coisas más da relação e começarmos a ser amigos, pois vem aí um filho, e acredito que se os pais forem amigos, tudo se torna mais fácil, especialmente para a criança.
– Mediante a vossa incompatibilidade, há como serem amigos?
– Não teve que ver com incompatibilidade, mas sim com situações concretas, reais. Conheço muito poucos casos como o nosso, em que um casal se separa no início de uma gravidez, mas estou muito feliz e a viver uma fase bonita.
– Essas situações reais têm que ver com terceiras pessoas?
– Não, de todo.
– E tenta controlar os momentos de tristeza?
– Tento só absorver a parte boa da situação. Até porque analisei bem como me sentiria melhor para que a evolução desta gravidez fosse mais tranquila. Estaria melhor acompanhada pelo pai do meu filho, sabendo que não era o caminho, ou sozinha?
– É preciso coragem para uma decisão destas…
– Julgo que sim. Ninguém acreditava que a separação seria desta, e é mesmo, caso contrário não o assumiria desta forma.
– Não há, então, retorno?
– Não. Neste momento já não sou só eu e sinto que talvez esta tenha sido uma reacção ‘selvagem’, de protecção da ‘cria’. O meu bem-estar é o bem-estar da criança. Claro que o ideal é ter um pai e uma mãe, uma família tradicional, mas isso só é positivo se a mesma for funcional. As pessoas dizem que os filhos nos mudam, e já sinto isso, a verdade é que estou muito mais intransigente. Não quero vitimizar-me nem atribuir culpas, simplesmente, não quero mais. Agora é seguir para a frente e esperar que este bebé seja feliz e arcar com as consequências.
– Têm sido meses complicados?
– Sim, mas agora já começo a acalmar e a usufruir desta gravidez de outra maneira.
– Como está a correr a gravidez?
– Muito bem e ele, felizmente, tem-me dado muito descanso.
– É, então, um menino?
– [risos] Sim. Soube há pouco tempo, através de um teste sanguíneo.
– E como se vai chamar?
– Em princípio será Afonso, e o que posso garantir é que o segundo nome será Luz, pois é realmente uma luz na minha vida, assim como na do Roger.
– Como está a lidar com as mudanças no corpo?
– Muito bem, a adorar e com muita vontade que a barriga cresça. Não estou nada preocupada com o que irei engordar.
– Sente-se preparada para a mudança que um filho trará à sua vida?
– Completamente. Já me diverti muito e estou ansiosa por todas essas mudanças.
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