A propósito de uma parceria entre
Ricardo Pereira e a Companhia do Campo, marca pela qual dá a cara, marcámos encontro com o actor, de 30 anos, num espaço que este ajudou a decorar com peças da loja referida e que considera a sua casa de sonho. O protagonista da novela
Perfeito Coração, da SIC, falou de inspirações, de ambientes, mas também da sua relação com
Francisca Pinto Ribeiro, a pesquisadora de arte, de 25 anos, com quem tem partilhado a sua vida nos últimos três anos.
– Por que considera esta a sua casa de sonho?
Ricardo Pereira – Não sou muito convencional, nem na escolha de uma casa, nem na forma como ela deve estar decorada. Acho que deve contemplar diferentes cores, uma mistura de materiais, e papel de parede, que é muito confortável.
– Privilegia o conforto ou o estilo?
– Dou importância às duas coisas. Não me apetece nada ter uma casa com muito estilo que não seja minimamente confortável.
– Gosta de receber amigos em casa?
– Adoro. Destroem-me a casa toda, o que chega a doer na alma, e pode mesmo ser caótico nos dias em que os amigos homens se juntam para ver futebol. Mas sempre recebi amigos em casa, tem que ver com a minha base familiar. A casa é para receber a família e os amigos, portanto, gosto de ter a casa aberta para eles.
– Já tem o apartamento no Rio de Janeiro que andava à procura?
– Não, quem me dera! Ainda não encontrei o que pretendia.
– E a casa da Ericeira?
– Tenho uma casa na Ericeira há muitos anos, embora não seja a dos meus sonhos, que seria ‘em cima’ do oceano Atlântico, onde pudesse viver e envelhecer.
– Quando compra peças para decorar a casa, fá-lo por impulso? Apaixona-se pelas peças e compra-as logo, ou reflecte muito antes de decidir comprá-las?
– A primeira coisa que faço é tirar medidas para perceber se as peças cabem em casa, por isso, é tudo pensado antes de ser adquirido. Sou extremamente racional e metódico. Penso no assunto e vejo se fica bem.
– É racional em tudo na vida?
– Em quase tudo.
– Portanto, o casamento será sempre planeado, nunca será fruto de um acto impulsivo?
– Não, acho que todos os grandes passos da minha vida são extremamente pensados. Obviamente que uma decisão dessas terá de ser muito bem pensada, essa ou a de ter filhos. Obviamente que penso nesse plano, mas tem muito que ver com o momento, com aquilo que nos vai na cabeça e no coração. Eu sou racional, gosto de ser metódico, mas também gosto de deixar esse rigor para viver com base no instinto, na espontaneidade e naquilo que o dia-a-dia nos pode trazer de uma hora para a outra.
– Será um plano para concretizar a curto prazo?
– Sei lá! Se calhar, até pode acontecer amanhã. Acho que as coisas vão fazendo um percurso normal e depois, quando as coisas têm que acontecer, acontecem.